Um
dois, três, é a minha vez. A tarefa é simples: uma ponte com três arcos, vinte
minutos, vinte linhas. Na primeira pessoa, que sou eu.
A
mão, carcomida por uma grave artrose cerebral, segura a caneta sem convicção, à
espera da luz que teima em não acender.
É
uma porta fechada, muda, como a da Casa di Corto, Portas que recusam a abrir-se,
que escondem sabe-se lá o quê. Corto, como Alice, já não mora ali. Por onde
navegas, marinheiro? Por onde andas, musa inspiradora? Pelos mares do sul?
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