Mostrar mensagens com a etiqueta República Checa 2012. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta República Checa 2012. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, setembro 04, 2012

Que Praga!


Chamava-se João Nepomuceno, era padre, e recusou-se a revelar ao rei Venceslau os segredos que a rainha lhe revelara em confissão. Como castigo foi atirado de uma ponte para as águas do Vlatva. Como prémio, fraca consolação, foi canonizado e a sua estátua é uma das que ornamentam a ponte Carlos, em Praga.

É cedo, apesar do sol já ir alto no céu de agosto. Partilho a ponte com alguns, poucos, japoneses, que, como eu, aproveitam a tranquilidade matutina. Aos poucos a cidade desperta, espreguiça-se abraçada ao rio. Passam bicicletas, passeiam-se crianças e cães, os pescadores instalam-se no seu canto preferido.


Os primeiros vendedores instalam as bancas de lembranças e gravuras à espera dos visitantes que não tardam a chegar. Os carteiristas virão logo a seguir e também os músicos que alegrarão o dia com uns acordes de jazz.
 

São horas de partir, de subir até ao castelo e à catedral, descer por ruelas cheias de pormenores, parar no relógio para olhar personagens e planetas, e ficar também a ver quem para ele olha.

A noite cai acompanhada por um copo de cerveja local e deixo que os meus sonhos sejam embalados pelo balancear do "botel" atracado no cais. Boa noite, Praga.


segunda-feira, agosto 27, 2012

Cerveja... da cabeça aos pés

A cerveja deve consumir-se moderadamente. A cerveja quer-se bem gelada.

O consumo de cerveja na  República Checa é quase assustador, nada menos que 132 litros anuais per capita. Mas, será que este número justifica que eu tenha esvaziado um recipiente com largas dezenas de litros de "cevadinha" em menos de meia hora? E que prazer pode dar cerveja a 34º?

Muito, como se vai ver. 
A cena passa-se em Planá, na Boémia ocidental, no Spa de cerveja Chodovar onde estive imersa num banho de cerveja  espumosa e deliciosamente morna, temperada com água mineral e ervas medicinais. Ao lado da banheira de inox uma caneca de cerveja, esta fresquinha, para bebericar durante o banho. Enquanto isso o líquido dourado  penetra nos poros e actua a nível físio e neurológico.


Vinte minutos passados e a matrona que nos fez as honras do spa retira a tampa da banheira e faz-me seguir, embrulhada num cobertor, para uma caverna escassamente iluminada, para mais outros tantos minutos de repouso, relaxe e, quiçá, meditação.
 

O tempo chega ao fim. Saio descontraída, com a pele mais suave e cheirosa e promessas de cura de celulite e acne, alívio de problemas mentais, diminuição da tensão arterial e melhoria da circulação.

Quem disse que o excesso de cerveja não faz bem à saúde?