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segunda-feira, dezembro 22, 2014

O rio dito o mais bonito do mundo


Na maior parte do ano o Caño Cristales é um rio como qualquer outro mas, por um curto período, algures entre julho e outubro, transforma-se, qual Gata Borralheira, num tapete vermelho vivo, uma vibrante explosão de cores.
A responsável por este espetáculo dá pelo nome de Macarenia Clavígera, planta endémica com trejeitos de prima donna. Para que a menina floresça é preciso que o rio tenha bastante água mas não demasiada, que o caudal não seja forte nem fraco, a temperatura..., a chuva... 



Durante várias décadas a zona foi bastião da guerrilha e por isso inacessível a todos os restantes colombianos e só em 2009 o governo conseguiu abrir a zona a um turismo controlado.  
Em Macarena há que fazer o registo na sede do parque nacional da Serra da Macarena, solicitar um guia, obter o salvo-conduto que permite passar pelos muitos controles militares que temos de passar. Por razões ambientais não é permitido usar repelente de insetos nem protetor solar e o acesso é limitado a um máximo de 160 pessoas por dia. Mas quase todas, famílias colombianas, ficam nos metros iniciais junto à primeira piscina, a tomar banho e almoçar.


Embrenhamo-nos pela garganta deslumbradas pelo contraste das águas coloridas, a as rochas e floresta circundante, refrescamos os pés nas águas cristalinas das piscinas naturais, paramos junto às cascatas, divertimo-nos a conversar e tirar fotografias com um grupo de bem dispotos militares em patrulha pela zona. E não consegui resistir à tentação de encenar uma foto tipo Ingrid Betancourt e FARC. Ai... as mulheres e as fardas!

quarta-feira, setembro 17, 2014

Os amigos do pedal

 

 
Agonia e Fadiga são nomes de ruas de Bogotá. Só o nome cansa, mas cansa ainda mais saber que as temos de subir. Junte-se-lhe o jet lag, uma noite em branco, os 2600 metros de altitude, uma bicicleta e o empedrado irregular. Aiiiii...

 

Bom, vamos a isso, força nas pernas e partamos à descoberta da cidade. Trim, trim, o bairro colonial da Candelária acolhe as nossas primeiras pedaladas, mostra-nos casas coloridas e graffitis, praças, catedrais e até uma aula de zumba deu alento à nossa passagem.


Trim, trim, de coração apertado seguimos agora pelas ruas de trânsito caótico. São 7,2 milhões os habitantes de Bogotá e parecem estar todos aqui, apostados em nos complicar a vida. Peões que  se atravessam à nossa frente sem  um aviso ou um olhar, vendedores que empurram  carrinhos em contra-mão,  carros e camiões que passam rápidos, desorganizados e rente, com quem negociamos os escassos milímetros que garantem a nossa sobrevivência.

Arrepia? Ai arrepia sim senhor.

No mercado, de uma organização e asseio que contrastam com o caos das ruas, recuperamos forças e serenidade com um sumo de fruta do tamanho da cidade.
E são horas de regressar, são novamente as ruas da Fadiga  e da Agonia que temos de enfrentar e, desta vez, a subir.


Ah! Disse que as fizemos com a bicicleta pela mão?


domingo, julho 27, 2014

Dar ao pedal



Com centenas de quilómetros de via cicláveis Bogotá é uma cidade que as bicicletas tratam por tu. Esperemos que o choque do 1º dia em altitude e a chuva não estragam a festa.