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quarta-feira, novembro 18, 2015
Feira Nacional do Cavalo 2015 - Álbum de fotografias
O álbum com as fotografias da Feira Nacional do Cavalo, Golegã 2015, já está disponível, e visível aqui.
terça-feira, novembro 17, 2015
Agora escolha!
Golegã - Feira Nacional do Cavalo - 2015
Sou Lusitano!
No regresso da Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, pedi ao meu irmão Emídio um texto para ilustrar a fotografia deste post. De pena fácil, não escreveu um, mas dois. Cada um de nós escolherá o que mais lhe agrada.
Este?
"Sou um cavalo Lusitano. Chamo-me Euro. Fui este ano à Feira
da Golegã. Que Espanto!!
O pior foi à noite... Bebi uns copos de água-pé, depois umas ginginhas, a seguir já nao sei quantos gins tónicos..e não
faço ideia a que horas cheguei à cocheira mas já era de manhã...
Resultado..no outro dia acordei como podem ver..a boca meia torta a
cabeça à banda e todo despenteado..mas Adorei!! Pró ano cá estarei outra
vez!!"
ou este?
"Sou um puro sangue lusitano! Uma das raças mais antigas do
Mundo. Ágil, fogoso com andamentos vistosos, exuberante na maneira de
ser, resistente e sempre disposto a agradar quer ao meu cavaleiro quer a
quem me observa. Trato com carinho uma criança com paciência os mais
inexperientes e com toda a entrega aos cavaleiros mais exigentes. Ponho o
meu coraçao a minha força e a minha coragem em tudo o que faço e por
todos sou respeitado e adorado! Sou LUSITANO !!"
textos de Emídio Pinto

domingo, julho 22, 2012
Sábado selvagem. Grrrrrrrr!
Ontem foi dia de "Sábado Selvagem", um programa do Jardim Zoológico de Lisboa em que se tem a oportunidade de entrar em alguns bastidores e nos recintos de koalas, lémures, golfinhos. Além das imagens dete post há também um álbum aqui ou no link à direita "Álbum de Fotografias / Zoo de Lisboa".
domingo, março 11, 2012
Em frente é o rio...
Logo a seguir apareces-me pousada sobre o tejo como uma cidade a navegar. [...] Vejo-te em cidade-nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há âncoras, há sereias.
Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando-o de tritões a cavalo de golfinhos.
José Cardoso Pires, in Lisboa, Livro de Bordo
sábado, fevereiro 18, 2012
Fragão dos Corvos (Serra da Estrela)
A manhã pintava-se com as suas melhores cores. Um sol de prata a arder estadeava-se em céu azul com tanta limpidez, que a grande redoma dir-se-ia mais espaçosa do que noutros dias; e aluz natural, vinda do alto, desquitava a montanha das suas duras linhas, diluía as suas rudezas de outras hora, fazendo branquejar, num transparente flux, o eterno negro dos cântaros e de quantos brutos penhascais cortavam o passo aos olhos.
Ferreira de Castro, in A lã e a neve
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Covão da Ametade (Serra da Estrela)
A bruma subia cada vez mais deixando a descoberto os medonhos contrafortes do berço do Zêzere. Uma rotunda imensa, grave, misteriosa, de contornos imprevisíveis, começava a aparecer, como se as névoas do princípio do Mundo a abandonassem de vez. Iam-se desvendando enormes moles de granito, ao fundo, à direita, à esquerda, pedras de todos os milénios, bastiões de um só bloco e rude traça, que se apresentava soberba, numa majestosa solenidade. Essa muralha ciclópica e irregular, cheia de arestas, de vincos, crescia rapidamente, através do nevoeiro que se retirava. Cada vez se apresentava mais alta, mais arrogante cada vez - e assim tapada nos cimos dir-se-ia não ter fim.
[...]
O anfiteatro colossal em que eles se encontravam exibia-se agora, em toda a sua imponência. Era de uma grandiosidade áspera, severa, essa rotunda propícia para um templo de mitos alpestres. Estava metida entre assombrosas florações de granito e terminava no Cântaro Magro que lembrava a carcassa de imensurável castelo de outrora, do qual se aproximassem fulminantes coriscos.
Dir-se-ia que a natureza quisera defender e impregnar o mistério da nascente do Zêzere - fechando-a como uma fortaleza. E, contudo, parecia que o rio fora apenas um pretexto. Era uma pobre, trémula fila de água, ora muito estreita, ora mais larga, ás vezes quase invisível, que se lançava lá do alto por um sulco ou diáclase da rocha negra, aberta para lhe dar melhor caminho. Ao seu lado, porém, tudo se agigantava.
Ferreira de Castro, in A lã e a neve
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
Lágrimas da Estrela
Anónimas folhas retinham ainda as lágrimas da noite, que o sol, agora, irisava.
Ferreira de Castro, in A Lã e a Neve
quarta-feira, outubro 05, 2011
Guadiana
Guadiana
(Rui Veloso canta Carlos Tê)
Corre nobre Guadiana
espelho de moura formosa
vai ficando uma ribeira
pela terra sequiosa
Nunca pensei assistir
à tua dor na charneca
és como um Deus a cair
Ante a barbárie da seca
Corre corre Guadiana
pela terra alentejana
pudesse eu dar-te esta canção
a vertigem dos caudais
dar-te o farto aluvião
das águas primordiais
E ver-te com dignidade
a correr entre os campos
como o rio que tem um caminho
desde o começo dos tempos
Ouve as pedras do teu leito
a pedir que não as deixes
ouve os barcos parados
ouve os homens ouve os peixes
Corre corre Guadiana
por essa terra raiana
que eu faço um apelo aos lagos
convoco nos céus as fontes
teço três meadas de água
dos fios perdidos nos montes

(Rui Veloso canta Carlos Tê)
Corre nobre Guadiana
espelho de moura formosa
vai ficando uma ribeira
pela terra sequiosa

à tua dor na charneca
és como um Deus a cair
Ante a barbárie da seca
Corre corre Guadiana
pela terra alentejana
pudesse eu dar-te esta canção
a vertigem dos caudais
dar-te o farto aluvião
das águas primordiais

a correr entre os campos
como o rio que tem um caminho
desde o começo dos tempos

a pedir que não as deixes
ouve os barcos parados
ouve os homens ouve os peixes

por essa terra raiana
que eu faço um apelo aos lagos
convoco nos céus as fontes
teço três meadas de água
dos fios perdidos nos montes

domingo, agosto 29, 2010
A lenda da Praia da Ursa

Irritados os deuses transformaram-nos na enorme pedra e nos pequenos rochedos que ainda hoje se podem ver e que dão o nome à praia.

terça-feira, junho 01, 2010
Às portas do Tejo
quarta-feira, abril 28, 2010
Quem tem olho é rei

E o que fazer quando tudo se pode e surge alguém que parece não perceber esse pormenor? Desterrar o rival, que a morte talvez fosse pena demasiada.
E foi assim que Luís foi convidado a ir carpir as suas mágoas para a tranquila Constância. Sorte a da vila que agora recolhe os louros de tão ilustre estadia, respira e transpira Camões em cada esquina. No passeio à beira-rio, na casa do poeta, no jardim do Horto...
Sentado bem perto do rio Luís parece sofrer ainda pelos não-amores de Caterina e lança ao vento e à água os últimos versos de um soneto que lhe dedicou:
[...]
Quando Liso Pastor, num campo verde,
Natércia, crua Ninfa, só buscava
Com mil suspiros tristes que derrama.
Porque te vás de quem por ti se perde,
Para quem pouco te ama? (suspirava)
E o eco lhe responde: Pouco te ama.
Quando Liso Pastor, num campo verde,
Natércia, crua Ninfa, só buscava
Com mil suspiros tristes que derrama.
Porque te vás de quem por ti se perde,
Para quem pouco te ama? (suspirava)
E o eco lhe responde: Pouco te ama.
segunda-feira, abril 26, 2010
Almourol, o castelo

E o Castelo de Almourol surge, emergindo das águas do rio. Empoleirado numa minúscula ilha, um pouco a jusante da confluência do Zêzere e do Tejo, conta-se que ainda hoje é visitado por fantasmas.

O cavaleiro D. Ramiro, senhor de Almourol, regressava ao castelo quando se cruzou com uma jovem moura. Assustada com o tom de voz que D. Ramiro lhe dirigiu para exigir um pouco de água, a mulher deixou cair a bilha que trazia à cabeça, acto que o cavaleiro interpretou como desobediência e que custou a vida à pobre mulher. Um pouco à frente o nobre encontrou um jovem, meio escondido entre uns arbustos. Mouro, como a mulher, e seu filho.
Não se sabe bem porquê mas talvez para que esta lenda pudesse existir, D. Ramiro poupou a vida do rapaz e encarcerou-o no castelo.
Anos mais tarde o jovem que, como convém, era um príncipe árabe, apaixonou-se pela filha do seu carcereiro. Apesar de correspondido, a diferença de credos tornava o amor impossível e os dois amantes acabaram por conseguir fugir e viver a sua paixão longe da ira do senhor.
Não se sabe bem porquê mas talvez para que esta lenda pudesse existir, D. Ramiro poupou a vida do rapaz e encarcerou-o no castelo.
Anos mais tarde o jovem que, como convém, era um príncipe árabe, apaixonou-se pela filha do seu carcereiro. Apesar de correspondido, a diferença de credos tornava o amor impossível e os dois amantes acabaram por conseguir fugir e viver a sua paixão longe da ira do senhor.

Sabe-se apenas que, nas noites de lua cheia, há quem os veja na torre do castelo e que a seus pés está D. Ramiro que, arrependido, lhes pede que regressem.
Splash, splash ... as pagaias continuam a cantar.

quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Bairro Alto

Bairro Alto aos seus amores tão dedicado
Quis um dia dar nas vistas
E saíu com os trovadores mais o fado
Pr'a fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas, Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa, Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras, em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por seu condão fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho seus amores suas paixões
Pr'a cumprir a sina sua
Ainda veio pr'o meio da rua, cantar as suas canções
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras, em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
E saíu com os trovadores mais o fado
Pr'a fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas, Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa, Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras, em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por seu condão fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prémio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho seus amores suas paixões
Pr'a cumprir a sina sua
Ainda veio pr'o meio da rua, cantar as suas canções
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras, em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Carlos do Carmo
(Carlos Simões Neves e Nuno Aguiar)
sábado, fevereiro 21, 2009
Lisboa, a 7ª Colina


José Saramago
Viagem a Portugal
Viagem a Portugal
domingo, janeiro 18, 2009
Se fosse Deus parava o sol sobre Lisboa
Logo a abrir apareces-me pousada sobre o Tejo como uma cidade a navegar. Não me admiro: sempre que me sinto em alturas de abranger o mundo, no pico de um miradouro ou sentado numa nuvem vejo-te em cidade-nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal.
Ah, sim. "Se fosse Deus parava o sol sobre Lisboa", escreveu Fernando Assis Pacheco num poema tonto de luz (a tão citada luz sempre imprevista). De acordo, mas uma cidade de caprichos como esta nunca o sol a pode iluminar por igual. Tem de se lhe afeiçoar aos contornos e aos instintos desordenados, à sua placidez aqui, ao burburinho dos bairros velhos acolá, e é com esses desvelos que ele lhe dá cor singular.

José Cardoso Pires
in Lisboa - Livro de Bordo
Lisboa a pé com o Desporto da Universidade de Lisboa e Lisbon Walker. Mais fotografias aqui.
in Lisboa - Livro de Bordo
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