quarta-feira, novembro 18, 2015

terça-feira, novembro 17, 2015

Agora escolha!

Golegã - Feira Nacional do Cavalo - 2015
Sou Lusitano!


No regresso da Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, pedi ao meu irmão Emídio um texto para ilustrar a fotografia deste post.  De pena fácil, não escreveu um, mas dois. Cada um de nós escolherá o que mais lhe agrada.

Este?

"Sou um cavalo Lusitano. Chamo-me Euro. Fui este ano à  Feira da Golegã. Que Espanto!!
O pior foi à noite... Bebi uns copos de água-pé, depois umas ginginhas, a seguir já nao sei quantos gins tónicos..e não faço ideia a que horas cheguei à cocheira mas já era de manhã...
Resultado..no outro dia acordei como podem ver..a boca meia torta a cabeça  à banda e todo despenteado..mas Adorei!! Pró ano cá estarei outra vez!!"

ou este? 

"Sou um puro sangue lusitano! Uma das raças mais antigas do Mundo. Ágil, fogoso com andamentos vistosos, exuberante na maneira de ser, resistente e sempre disposto a agradar quer ao meu cavaleiro quer a quem me observa. Trato com carinho uma criança com paciência os mais inexperientes e com toda a entrega aos cavaleiros mais exigentes. Ponho o meu coraçao a minha força e a minha coragem em tudo o que faço e por todos sou respeitado e adorado! Sou LUSITANO !!"
textos de Emídio Pinto

quinta-feira, maio 14, 2015

Cinque Terre - álbum de fotografias

O álbum de fotografias da viagem a Cinque Terre, Itália, já está visível aqui ou  à direita em Álbum de Fotografias 7 Cinque Terre.


quarta-feira, janeiro 28, 2015

Lalibela



"Chegamos finalmente a Lalibela, cidade santa, a Jerusalém negra. Estamos no planalto etíope, uma montanha talhada por um golpe divino a 2500 m de altitude. [...] Na segunda metade do século 12 esta aldeia era uma grande cidade chamada Roha. Nesse tempo nasceu um menino e, um dia, a mãe encontrou-o a dormir tanquilamente no berço rodeado por um enorme enxame de abelhas. Não se assustou pois sabia que os animais reconhecem os homens fora do comum. Chamou-lhe Lalibela, que significa "as abelhas reconhecem um soberano".

 

Harbay, o jovem soberano destinado pela linhagem, não podia aceitar que um enxame de abelhas lhe estragasse o futuro. Quando Lalibela fez 19 anos foi expluso de Roha e refugiou-se em Jerusalém, ficando por lá durante 25anos. Quando regressou, Harbay, que não esquecera o significado daquele nome, ordenou que lhe dessem um poderoso veneno.

 
A letargia durou 3 dias mas Lalibela voltou a si e contou a visão que tivera e as ordens que deus lhe dera: tinha de construir muitas igrejas, semelhantes às que vira em Jerusalém, e estas deveriam ser separadas por um rio, o Jordão. Harbay teve medo e, perante a grandiosidade do milagre, pediu perdão e abdicou.

 
Foi assim que Lalibela reuniu arquitetos, marceneiros e pedreiros que trabalhavam todo o dia, enquanto bandos de anjos os substituíam durante a noite. A "Cidade Santa" nasceu no meio dos desfiladeiros e das  montanhas mas, em vez de se erguer em direção ao céu, foi escavada na pedra. centenas de homens abriram as montanhas e escavaram túneis, rasgaram e entalharam janelas, esculpiram colunas na própria rocha e interligaram tudo com um labirinto de galerias, para esconder as igrejas dos muçulmanos."

Marco Steiner
in prefácio de Corto Maltese - As etiópicas




quarta-feira, dezembro 24, 2014

Viagem no tempo


Daqui a umas horitas parto rumo à Etiópia, destino há muito desejado. Parto na madrugada de 25 de dezembro de 2014 e  aterro em Addis Abeba um dia depois, a 17 Thahsas de 2007, uma viagem no tempo e no espaço em companhia de Rimbaud, Corto Maltese e Manuel João Ramos, cujas páginas revisitei com redobrado prazer.
No Mochila às Costas estão já preparados posts que diariamente vãodando conta do que ando a fazer e por onde.

Um bom natal para todos e até dia 26 Tahsas de 2007.

segunda-feira, dezembro 22, 2014

O rio dito o mais bonito do mundo


Na maior parte do ano o Caño Cristales é um rio como qualquer outro mas, por um curto período, algures entre julho e outubro, transforma-se, qual Gata Borralheira, num tapete vermelho vivo, uma vibrante explosão de cores.
A responsável por este espetáculo dá pelo nome de Macarenia Clavígera, planta endémica com trejeitos de prima donna. Para que a menina floresça é preciso que o rio tenha bastante água mas não demasiada, que o caudal não seja forte nem fraco, a temperatura..., a chuva... 



Durante várias décadas a zona foi bastião da guerrilha e por isso inacessível a todos os restantes colombianos e só em 2009 o governo conseguiu abrir a zona a um turismo controlado.  
Em Macarena há que fazer o registo na sede do parque nacional da Serra da Macarena, solicitar um guia, obter o salvo-conduto que permite passar pelos muitos controles militares que temos de passar. Por razões ambientais não é permitido usar repelente de insetos nem protetor solar e o acesso é limitado a um máximo de 160 pessoas por dia. Mas quase todas, famílias colombianas, ficam nos metros iniciais junto à primeira piscina, a tomar banho e almoçar.


Embrenhamo-nos pela garganta deslumbradas pelo contraste das águas coloridas, a as rochas e floresta circundante, refrescamos os pés nas águas cristalinas das piscinas naturais, paramos junto às cascatas, divertimo-nos a conversar e tirar fotografias com um grupo de bem dispotos militares em patrulha pela zona. E não consegui resistir à tentação de encenar uma foto tipo Ingrid Betancourt e FARC. Ai... as mulheres e as fardas!

terça-feira, dezembro 16, 2014

Zombies no Père Lachaise?


Mesmo que se visite muitas vezes uma cidade há sempre coisas a descobrir e Paris tem 2 ou 3 pontos há muito na lista mas que, por esta ou aquela razão têm ficado "para a próxima". Desta vez consegui retirar um deles do rol.

Um dia frio e cinzento de outono - roupagem adequada para visitar os que "já lá estão" - e aqui vamos nós à descoberta do cemitério Père Lachaise. Um panfleto com a indicação de algumas das muitas celebridades que por aqui descansam e, guardando o decoro que o cenário exige, entrámos no jogo de descobrir nomes conhecidos, estátuas, pormenores interessantes.
Piaf, Sarah Bernhardt, Proust, Chabrol, Fourrier, Chopin, Balzac, o Haussman do boulevard, Yves Montant e Simone Signoret, Gay-Lussac, ... todo um friso de nomes sonantes das artes, da ciência, da política...

 

Dois túmulos sobressaem: o de Óscar Wilde,  que teve de ser protegido com acrílico para impedir que os fãs mais ardentes continuassem a deixar marcas de baton, e o de Jim Morrison, dos Doors. Na impossibilidade de se chegarem junto à campa, cercada com grades, há quem não hesite em deixar os cadeados da praxe mas também bilhetes de metro, cigarros e pastilhas elásticas mastigadas. Muitas, muitas mesmo. Vá se lá saber porquê.



E a pergunta que fizemos ("porque é que JM está enterrado aqui?") só teve resposta em casa, com a ajuda do erudito sr Google. (aqui)

Mas o aspeto mais curioso talvez tenha sido a descoberta de um morto-vivo, o arqueólogo Vivant Denon. Há zombies no Père Lachaise!

(Para uma visita virtual e procura de campas siga o link)