Alessandro
estende-nos a mão conduzindo-nos para a sua gôndola. Uma, duas remadas e
flutuamos no canal. É uma outra Veneza que se revela. Somos agora o alvo das
objectivas dos turistas em terra firme. Descobrimos marcas, portas corroídas
pela água e pelo tempo, patos de borracha com ânsia de nadar. Há pés que
procuram nas águas o alívio dos muitos passos dados, casais que se enlaçam num
beijo apertado, crianças que acenam. Jogos de luz e sombra, reflexos que dançam
na água ao ritmo do assobio de Alessandro.
Sem
darmos por isso a gôndola encosta, pede descanso, e a mão de Alessandro
estende-se para nos ajudar a pôr o pé em terra.
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