segunda-feira, junho 14, 2010

O Salar de Uyuni

À minha volta uma imensidão vazia de um branco tão branco que quase cega, apesar dos óculos de sol. Não há nada a quebrar a brancura, além de uns longínquos vulcões. Sinto-me no mar, sem pontos de referência. Talvez por isso os primeiros passos são hesitantes, como se o tapete branco escondesse um verdadeiro lago que a todo o instante pudesse ceder sob os meus passos.
Estou no meio do Salar de Uyuni, um puzzle de milhões de peças hexagonais, brancas de sal, que se entende por 12 000 km2, restos de um enorme lago que aqui existiu há mais de 30 000 anos.

A brancura é apenas quebrada por algumas pequenas "ilhas" onde crescem cactos milenares e acrescentam uma nota insólita à paisagem já de si surreal.

No verão, quando cai alguma, pouca, chuva, o salar transforma-se num gigantesco espelho e, diz quem o viu assim, nessa altura é quase impossível acreditar que se pisa solo firme e não que se voa por entre as nuvens do céu que se reflectem em terra.


4 comentários:

Rutix disse...

Surreal.... como num sonho!

Vento no Cabelo disse...

Lindo mesmo! Luminoso!

Nicole disse...

C'est vrai que l'on doit de nouveau apprendre à marcher en se tenant droit la première fois que l'on pose les pieds sur le Salar de Uyuni. Magique... Surréel... Inoubliable...

RCC disse...

Consigo imaginar o que descreves :-)