segunda-feira, junho 07, 2010

Bolívia

A pé e de mochila às costas atravessamos a fronteira para a Bolívia, trocando o veículo e condutor que nos acompanhou nos últimos dias por jipes e motoristas bolivianos. Assim o obriga o governo boliviano que, numa medida de protecção aos seus habitantes, impõe a obrigatoriedade de circularmos em viaturas bolivianas, conduzidas por locais. Obrigatória é também a presença de uma cozinheira que preparará todas as nossas refeições até que abandonemos o Salar de Uyuni.

Regressemos à fronteira... Não foi difícil atravessá-la a pé e carregados: os jipes chilenos e bolivianos estão apenas separados por um montinho de terra com uns 20 cms de altura.

É a mesma fronteira que cruzei em 2004, num final de tarde frio e ventoso que acentuava o isolamento do casinhoto miserável e sem luz onde o único funcionário só com a ajuda das nossas lanternas conseguiu ler e carimbar os passaportes.

A situação não mudou muito. O casinhoto foi, talvez, ampliado mas continua a ser a única construção num raio de muitos quilómetros. Mas agora já são três guardas que, de máscara na cara, não vá a gripe tecê-las, se afadigam a dar entrada aos turistas. A presença de uma lâmpada pendurada no tecto indica que pelo menos electricidade já há.

Formalidades cumpridas, encaixamo-nos nos novos jipes e preparamo-nos para regalar os olhos e os espírito com as paisagens da Reserva Nacional de Fauna Andina Eduardo Alvaroa.


1 comentário:

Nicole disse...

Qui veut aller travailler à ce poste de frontière ???
;-)
Mais des merveilles nous attendent...