quarta-feira, julho 30, 2008

Ankarana, entre tsingys e lémures

O planalto de Ankarana emergiu do mar há mais de cem milhões de anos e a erosão fez o seu trabalho formando as rochas cortantes e afiadas como agulhas - os tsingys. Jenita, estudante de geologia que nos serve de guia, pega numa pedra e bate com ela numa rocha para nos fazer ouvir o som metálico que, dizem alguns, deu origem à palavra "tsingy". Outros afirmam que "tsingy" significa "andar em bicos dos pés" e, na verdade, difícil é andar de outro modo sobre os cumes pontiagudos.

Mas a reserva é muito mais. Há quilómetros de rios subterrâneos que dizem povoados por vorazes crocodilos, grutas sagradas, lugar de reencontro com os antepassados, de paredes que brilham como cristal e albergam importantes colónias de morcegos.
A flora e a fauna são ricas, variadas, como o atestaram os numerosos grupos de lémures e mangustos que tivemos ocasião de observar bem perto quando, aproveitando o nosso entusiasmo fotográfico, não deixaram escapar a oportunidade de adicionar ao seu regime alimentar as mangas e bananas que tínhamos guardado para a nossa sobremesa.

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