Em Faya-Largeau cheira a regresso. Suavemente recuperamos algum do conforto a que a nossa privilegiada vida de europeus nos habituou. Trocamos a noite ao relento pelo chão de uma palhota, as dodots por um balde de água que vamos buscar ao poço.
No mercado encontramos legumes e roupas e animais e louças e mobília e armas. E tantos detectores de metal. E sorrisos e pedidos de fotografia e mais sorrisos.
O vento quente esqueceu a força da chegada e embala-nos docemente como a mão de um amigo que nos encaminha. Amanhã diremos adeus a estas areias, à doçura destes sorrisos.
No regresso à Europa um bom duche limpa a areia do corpo. O deserto, esse, fica sempre na alma.
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