Splash, splash, splash, cantam as pagaias nas águas do Tejo. Uma garça rasa as águas num vôo elegante, uma cegonha foge assustada, as canoas deslizam ajudadas pela corrente que nos transporta docemente Tejo abaixo.
E o Castelo de Almourol surge, emergindo das águas do rio. Empoleirado numa minúscula ilha, um pouco a jusante da confluência do Zêzere e do Tejo, conta-se que ainda hoje é visitado por fantasmas.
E o Castelo de Almourol surge, emergindo das águas do rio. Empoleirado numa minúscula ilha, um pouco a jusante da confluência do Zêzere e do Tejo, conta-se que ainda hoje é visitado por fantasmas.
A história passa-se nos tempos da reconquista, altura em que os cristãos se esforçavam por explusar os mouros aqui instalados e assim ganhar terras para o novel reino de Portugal.
O cavaleiro D. Ramiro, senhor de Almourol, regressava ao castelo quando se cruzou com uma jovem moura. Assustada com o tom de voz que D. Ramiro lhe dirigiu para exigir um pouco de água, a mulher deixou cair a bilha que trazia à cabeça, acto que o cavaleiro interpretou como desobediência e que custou a vida à pobre mulher. Um pouco à frente o nobre encontrou um jovem, meio escondido entre uns arbustos. Mouro, como a mulher, e seu filho.
Não se sabe bem porquê mas talvez para que esta lenda pudesse existir, D. Ramiro poupou a vida do rapaz e encarcerou-o no castelo.
Anos mais tarde o jovem que, como convém, era um príncipe árabe, apaixonou-se pela filha do seu carcereiro. Apesar de correspondido, a diferença de credos tornava o amor impossível e os dois amantes acabaram por conseguir fugir e viver a sua paixão longe da ira do senhor.
Não se sabe bem porquê mas talvez para que esta lenda pudesse existir, D. Ramiro poupou a vida do rapaz e encarcerou-o no castelo.
Anos mais tarde o jovem que, como convém, era um príncipe árabe, apaixonou-se pela filha do seu carcereiro. Apesar de correspondido, a diferença de credos tornava o amor impossível e os dois amantes acabaram por conseguir fugir e viver a sua paixão longe da ira do senhor.
O que lhes aconteceu depois, não se sabe.
Sabe-se apenas que, nas noites de lua cheia, há quem os veja na torre do castelo e que a seus pés está D. Ramiro que, arrependido, lhes pede que regressem.
Splash, splash ... as pagaias continuam a cantar.
Sabe-se apenas que, nas noites de lua cheia, há quem os veja na torre do castelo e que a seus pés está D. Ramiro que, arrependido, lhes pede que regressem.
Splash, splash ... as pagaias continuam a cantar.
3 comentários:
Que pena não ter ido...
"...as canoas deslizam ajudadas pela corrente que nos transporta docemente Tejo abaixo."
Se eu soubesse que não era preciso remar, também tinha ido....
Mas, neste post, senti-me lá, com vocês, D. Raimundo e o principe árabe!!!
Splash, splash, splash...adorei.
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