Às vezes os números enganam. Se os 6310 metros do Chimborazo parecem poucos ao lado dos 8848 m do Everest, mude-se a origem do referencial e o vulcão ganha o estatuto do ponto mais afastado do centro da Terra. São brincadeiras com números, irrelevantes nesta altura em que atacamos o gigante Chimborazo.

E a neve não pára de cair.

Alexander von Humbolt
Tal como Humbolt não chegámos ao cume, nem era esse o nosso intento. Parámos no refúgio Whymper, aos 5 000 metros, cansados, gelados, felizes. O esforço de quem atinge o cume é recompensado pelo panorama: os Andes cobertos de neve e, para ocidente, o azul do Pacífico que se adivinha. Se a neve e o nevoeiro permitirem a vista, claro.

Sem a beleza do Cotopaxi, a subida até aos 5 000 metros do vulcão Chimborazo, condignamente celebrada com um carimbo no passaporte, foi, em todos os sentidos, o ponto mais alto da viagem ao Equador e o que escolhi para ponto final neste relato.
1 comentário:
muito emocionante!!
Enviar um comentário