Pese embora a autoridade de quem escreveu estas palavras, Charles Darwin, as iguanas terrestres, pois é delas que falamos, são as estrelas do Parque Simon Bolívar, em Guayaquil. Não que Darwin não deixe de ter razão. Na verdade apenas as vimos paradas, aninhadas a dormir nos ramos das árvores do parque, à noite, ou de manhã, na relva, a carregar baterias com o calor do sol, e apenas mostraram alguma actividade com a chegada das verduras que constituem o seu almoço. Mas é o que de mais próximo se pode arranjar da fauna das Galápagos já que uma viagem às ilhas não está ainda no horizonte.
Se Quito é o centro da cultura e da arte, o dinheiro e o poder estão em Guayaquil e as diferenças entre os serranos, da capital, e os costeños estendem-se ao modo de ser das suas gentes. O ideal seria viver o dia em Quito e a noite em Guayaquil. E a noite vive-se, e muito, na recém reabilitada zona junto ao rio Guayas.
No Malécon 2000, uma avenida marginal de 2,5 km, são as famílias e os grupos de adolescentes que se passeiam nos jardins, que enchem lojas e restaurantes de fast food, que dão vida aos cafés.
En Las Peñas, o bairro boémio de coloridas casa de madeira que desce pela encosta do morro de Santa Ana, a noite estende-se até de madrugada na animação dos muitos bares e das galerias de arte que com a noite se transformam em cafés.
Afinal, como os costeños gostam de dizer, "para que serviria uma cidade sem praias nem discotecas?"
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