domingo, fevereiro 25, 2007

Zâmbia - o Zambeze, de novo


Começa-se por ler e assinar uma declaração onde afirmamos estar conscientes de que a actividade que vamos iniciar é potencialmente perigosa e por indicar o nome de quem contactar em caso de acidente. Glup!
Carregamos as canoas com tendas, roupas e alimentos e logo Chris, que será chefe da nossa expedição, nos alerta para os perigos do rio, para as regras de segurança.
As águas do Zambeze estão infestadas de crocodilos e, por isso, as saídas e entradas nas canoas só podem ser feitas depois do seu aval. Mãozinhas na água quando não se está a pagaiar... ná!, que dá jeito continuar com duas.
Mas o maior perigo vem, não dos crocodilos, mas das muitas manadas de hipopótamos que cruzaremos. O hipopótamo, que nos zoos nos parece um bichinho simpático e pachorrento, ataca. E, quando o faz, seja porque se assusta, porque invadimos o seu território, por protecção das crias ou, simplesmente, porque nos atravessámos no seu caminho, fá-lo com uma violência desmesurada. Uma mísera canoa é um brinquedo para as suas poderosas mandíbulas e um humano poucas hipóteses tem de sobreviver.
Chris seguirá na frente, os seus olhos habituados a distinguir animais na mais leve turbulência. Com hipopótamos a poucos metros a regra de ouro é passar discreta e rapidamente, obedecendo cegamente às indicações gestuais que nos fôr dando. "No words, no photos, just row, row, row as fast as you can!"
Glup! Glup!

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