Mas a grande lição do deserto continua a ser a paciência, a humildade, a submissão à realidade, benéfico exercício para um orgulhoso primata, demasiado tentado a considerar-se o centro do mundo e o rei da criação. [...] Aqui, no deserto, não se comanda, obedece-se: este poço está aqui e não ali e o seguinte está a 650 quilómetros, nem mais nem menos, é pegar ou largar meu bom amigo: se isto não lhe agrada, não vá lá, fique em casa a ver TV ou a ler policiais, mas, se entrar no Sahara, então entre no jogo e aceite ver o seu pueril orgulho ridicularizado pela areia, pelos espinhos ou pelas pedras, pelo vento, pelo frio e pelo sol.
Théodore Monod
in A Esmeralda dos Garamantes
in A Esmeralda dos Garamantes
Mais la grande leçon du désert c' est encore la patience, l' humilité, la soumission au réel, bénéfique exercice pour un orgueilleux primate, trop tenté a se prendre pour le centre du monde et le roi de la création.[...] Ici, au désert, on ne commande pas, on obtempère: ce puits est ici et non là, et le suivant est 650 quilomètres plus loin, pas un de moins, c' est à prendre ou à laisser, mon bon ami: si ça ne vous plait pas, n' y allez point, restez chez vous, à regarder la "télé" ou à lire des policiers, mais si vous "entrez" au Sahara, alors, jouez le jeu et acceptez de voir votre puéril orgueil bafoué par le sable, l' épine ou le caillou, le vent, le froid et le soleil.
Théodore Monod
in L' Émeraude des Garamanthes
in L' Émeraude des Garamanthes
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