domingo, março 14, 2010

Oh dôce luz! oh lua! Que luz suave a tua*

De repente o vento desitiu de soprar forte e a feluca navega agora num sussurro. As bolinas tornam-se muito suaves, o Nilo acalmou e pediu emprestados ao céu os tons rosados do pôr-do-sol.

A oeste o sol esconde-se e cede o palco para o espectáculo a leste, com a lua a nascer redonda, enorme, por entre as palmeiras, no instante preciso em que o muezin de uma mesquita que não vemos ergue a voz para a oração. Arrepiante.

Que de melhor se poderia ter pedido para último dia do ano?


(* primeiros versos de Melancolia, de João de Deus)

2 comentários:

Rutix disse...

Que magnífico fim de ano!!!

Xana disse...

Apaixonante!