De repente o vento desitiu de soprar forte e a feluca navega agora num sussurro. As bolinas tornam-se muito suaves, o Nilo acalmou e pediu emprestados ao céu os tons rosados do pôr-do-sol.
A oeste o sol esconde-se e cede o palco para o espectáculo a leste, com a lua a nascer redonda, enorme, por entre as palmeiras, no instante preciso em que o muezin de uma mesquita que não vemos ergue a voz para a oração. Arrepiante.
Que de melhor se poderia ter pedido para último dia do ano?
(* primeiros versos de Melancolia, de João de Deus)
2 comentários:
Que magnífico fim de ano!!!
Apaixonante!
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