Chegámos a Edfu, ponto final dos nossos dias de navegação, ainda o dia nascia. Dentro de 1 ou 2 horas o cais encher-se-ia de paquetes e de gentes mas a esta hora, ainda envolvido nas brumas e tranquilidade do amanhecer, era só nosso.
Às margens começavam a chegar os condutores das carruagens e pudemos assistir ao banho dos cavalos escanzelados que se preparavam para mais um dia a transportar passageiros para o templo.
Soterrado na areia até 1860, ano em que o arqueólogo Auguste Mariette encetou os trabalhos de demolição das casas que assentavam sobre o seu topo, o que surgiu aos olhos do mundo depois de removidas as areias, foi nada mais nada menos que o templo do Egipto em melhor estado de conservação, dedicado a Horus, divindade múltipla, deus-falcão do céu e do ar, protector do faraó, filho de Ísis e Osíris.
Percorro uma sucessão de corredores, vazios de gente, que se tornam cada vez mais obscuros à medida que avanço, encontro pequenas criptas que parecem surgir do nada, cada uma com uma função precisa - a câmara do tesouro, a das oferendas, a das orações... Fico por largos minutos sozinha numa delas, deixo-me transportar no tempo e imagino o andar susurrante dos sacerdotes que terão repetido vezes sem conta os gestos rituais de purificação, de celebração do nascer do sol, e um sem fim de acções destinadas a satisfazer a divindade.
No pátio banhado de luz os turistas que agora o enchem bem que podiam ser figurantes da recriação de alguma festa anual, uma das raras ocasiões em que as portas do templo se abriam ao povo para a celebração do combate vitorioso de Horus sobre Seth, o assassino de seu pai, a vitória do faraó sobre os seus inimigos, do Bem sobre o Mal.
Às margens começavam a chegar os condutores das carruagens e pudemos assistir ao banho dos cavalos escanzelados que se preparavam para mais um dia a transportar passageiros para o templo.
Soterrado na areia até 1860, ano em que o arqueólogo Auguste Mariette encetou os trabalhos de demolição das casas que assentavam sobre o seu topo, o que surgiu aos olhos do mundo depois de removidas as areias, foi nada mais nada menos que o templo do Egipto em melhor estado de conservação, dedicado a Horus, divindade múltipla, deus-falcão do céu e do ar, protector do faraó, filho de Ísis e Osíris.
Percorro uma sucessão de corredores, vazios de gente, que se tornam cada vez mais obscuros à medida que avanço, encontro pequenas criptas que parecem surgir do nada, cada uma com uma função precisa - a câmara do tesouro, a das oferendas, a das orações... Fico por largos minutos sozinha numa delas, deixo-me transportar no tempo e imagino o andar susurrante dos sacerdotes que terão repetido vezes sem conta os gestos rituais de purificação, de celebração do nascer do sol, e um sem fim de acções destinadas a satisfazer a divindade.
No pátio banhado de luz os turistas que agora o enchem bem que podiam ser figurantes da recriação de alguma festa anual, uma das raras ocasiões em que as portas do templo se abriam ao povo para a celebração do combate vitorioso de Horus sobre Seth, o assassino de seu pai, a vitória do faraó sobre os seus inimigos, do Bem sobre o Mal.
2 comentários:
Magníficas fotos, Guida!!
Especialmente a do gato... quase que complementa a cor ocre da parede!
Fantásticas, as usual!
Deixaste-me a suspirar por um regresso a terras de faraós...
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