Nosy Be, a maior ilha no noroeste, pode ser o local do país com maior concentração de vazahas (brancos) mas não deixa de ser Madagáscar. Telefones há ... só que nem sempre funcionam; a internet, nos alojamento que a têm, reduz-se a um jurássico modem de 56k com pouca vontade de colaborar. Mas a electricidade não falha mais do que umas horas por dia, o alcatrão cobre, mesmo que nem sempre na totalidade, a maior parte das estradas. Como nesta que nos leva para o interior da ilha. De um lado e do outro estendem-se campos de árvores que a mão do homem talhou para que crescessem retorcidas, com pouco mais de 1,5 m de altura de modo a facilitar a colheita das flores de ylang-ylang. Um odor doce e intenso acompanha-nos até à chegada à destilaria onde mãos experientes transformam as pétalas delicadas na essência que faz de Madagáscar o principal mercado das indústrias de cosméticos e perfumes.
São também plantações, mas de cana de açúcar, as que encontramos no caminho para o ponto culminante da ilha, o monte Passot que, do alto dos seus modestos 329 m, permite uma vista agradável sobre crateras e lagos. São sagrados os lagos, habitados por espíritos de príncipes da etnia Sakalava, e junto a eles é fady (interdito) comer carne de porco, fumar, usar calças ou chapéus. Sorte a nossa não é fady fotografar lémures nem brindar ao pôr-do-sol sobre o mar.
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