terça-feira, março 27, 2007

Um adeus ao Zambeze


Ainda sob o efeito das emoções da noite partimos ao amanhecer para um safari, a pé, junto ao acampamento. Animais... não encontrámos nenhum, apenas pegadas. De elefante, pois claro, e também de hipopótamos, babuínos, hienas, rastos de cobras.
Pegadas e dejectos fornecem, a quem os saiba ler, informações preciosas. Há quanto tempo os animais passaram, quantos eram, qual o tamanho, o que comeram... E não só, pois, na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Que o digam os babuínos que desfazem os excrementos de elefante para se alimentarem das sementes que estes engolem mas não digerem.
De volta ao rio, desta vez para, num barco a motor, regressarmos ao parque de Kafue, ponto de partida da nossa expedição pelas águas do Zambeze. O rio transforma-se. A velocidade enfraquece o elo de ligação com o rio que os dias a pagaiar nos transmitiram, mas, pelo menos, podemos, agora, aproximarmo-nos dos animais e fotografá-los. E, se há dias, receávamos a presença dos hipopótamos, são agora eles que fogem, assustados com o barulho do motor.

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