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Acampámos numa "quase-ilha" arenosa e com vegetação rasteira. Atrás das tendas, a curta distância, um elefante, um velho macho solitário, pastava tranquilamente enquanto algumas garças nele pousavam, indiferentes à piroga com pescadores que se aproximara para a recolha das redes.
À noite, em volta da fogueira, embalados pelos sons dos hipopótamos que nos chegavam não muito distantes, entretidos por alguns pirilampos e por um minúsculo escorpião que decidiu visitar-nos, o céu foi o tema das conversas.
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Ao contrário do nosso hemisfério onde existe uma estrela, a Polar, que indica o norte, não há, abaixo do Equador, nenhuma que aponte o Sul, que fica numa zona do céu que, aos nossos olhos, parece vazia - o Saco de Carvão. O Cruzeiro do Sul e duas das estrelas mais brilhantes da Via Láctea, Alpha Centauri e Beta Centauri, dão-nos um meio de encontrar o Sul.
Adormecemos embalados pelos sons da selva, que nos pareciam cada vez mais próximos...
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