Crac-crac ... fazem os nossos pés quando percorremos as ruas da pequena aldeia-ilha de Fadiouth. Crac-crac porque o chão está coberto não de terra ou areia, muito menos de alcatrão, mas de conchas. Milhares, milhões de conchas.

Gente simpática que nos cumprimenta, adolescentes que se animam em volta dos matraquilhos, um grupo de homens que joga às cartas, a enorme igreja de São Francisco Xavier, junto ao baobá sagrado. Aqui invertem-se as proporções de crentes - 90% são cristãos, os restantes muçulmanos. Todos animistas, claro!

Por fim, é de piroga que chegamos à terceira ilhota, meio escondida por entre os mangais, que constitui o celeiro de Fadiouth. Construídos sobre estacas para resistir às marés, os celeiros estão propositadamente numa ilha à parte para evitar que as colheitas fossem destruídas pelos frequentes fogos que arrasavam a aldeia, nos tempos em que as casas eram de madeira. Protegem-nas agora dos animais mas não há quem os proteja a eles do quase abandono a que estão votados nestes dias em que a população, pouco a pouco, põe de lado a agricultura para se dedicar à pesca e ao turismo.

Sem comentários:
Enviar um comentário