
O primeiro álbum de fotografias da viagem ao Senegal pode ser visto aqui ou na margem do blogue em Álbum de fotografias / Senegal - Dezembro 2008.

Crac-crac, o chão que agora pisamos é o da pomposa "Avenue des Champs Elysées". Nem mais!
Uma ponte estreita leva-nos a outra parte da aldeia, a ilha-cemitério onde, por entre baobás, cristãos e muçulmanos reposam, lado a lado, cobertos de conchas.
Nem na comida há segregação. É certo que os muçulmanos não admitem carne de porco à sua mesa mas não é por isso que se importam que os seus borregos partilhem o terreiro com os suínos pertença da família cristã que vive ao lado, ou que o talho tenha um pedaço de entrecosto de porco misturado com as pernas de carneiro que compram.
O estrangeiro, o desconhecido que se cruza na rua, é bem vindo, recebido com sorrisos francos. Diz-se bom dia a todos mas não se fica por aí. "Nanga def?" Há que inquirir pela saúde de toda a família, um a um. Pela mãe, o pai, o marido e os filhos, os irmãos. E só depois das respostas e de responder por sua vez às perguntas equivalentes que o visitante também faz, é que continua o caminho.
Ah, sim. "Se fosse Deus parava o sol sobre Lisboa", escreveu Fernando Assis Pacheco num poema tonto de luz (a tão citada luz sempre imprevista). De acordo, mas uma cidade de caprichos como esta nunca o sol a pode iluminar por igual. Tem de se lhe afeiçoar aos contornos e aos instintos desordenados, à sua placidez aqui, ao burburinho dos bairros velhos acolá, e é com esses desvelos que ele lhe dá cor singular.
Tão irremediavelmente engarrafadas que o melhor é aproveitar as 2 ou 3 horas de pára-arranca. Para abrir a porta, deixar entrar o ar fresco e descansar um pouco, para olhar a pintura naif de uma parede ou fazer umas compras. Sem sair do carro, claro.
Talvez não seja possível um corte de cabelo ou mandar fazer um fato na hora mas dá certamente para lançar o olho às bitiks (leia-se "boutiques") que ostentam, orgulhosamente, nomes como Galeries Lafayette, Auchan, Carrefour. Fácil é comprar uma melancia ou um pacote de lenços de papel, um boné com as cores do Senegal ou uma chave de parafusos, um pedaço de carne de carneiro ou um DVD pirata, comer uma kebab ou um pastel, beber uma taça de nescafé feito na hora ou um sumo de baobá.
Tout commença en U.R.S.S. Puis ce fut le tour du Congo, suivi de l'Amérique. Vinrent ensuite l'Égypte et la Chine, l'Amérique du sud et l'Écosse. Et même la lune, un jour. Sans oublier des pays imaginaires comme la Syldavie, la Bordurie ou le San Theodoros… Pour Tintin, le globe terrestre n'était rien d'autre qu'un terrain de jeu. Une rampe de lancement d'où il s'élança sans relâche, guidé par le démon de l'aventure et le sens de la justice.
Mesmo às primeiras horas da manhã a confusão reina. Nos passeios as pessoas disputam um lugar de passagem por entre as bancas rudimentares onde se vende roupa em 2ª mão, fruta, tabaco, jornais, pentes, bebidas, móveis, bolos e pensos.
O sorriso instala-se, a viagem começa...
A viagem ao Equador foi a ocasião ideal para ler "Latitude Zero" onde o sul-africano Mike Horn relata a sua fabulosa expedição ao longo dos 40000 quilómetros da linha equatorial. Do Gabão .. ao Gabão, atravessou três oceanos, selvas impenetráveis, países em guerra, subiu dois picos de 6000 metros. A pé, de piroga, de catamarã, de bicicleta.