O filme que vi mais repetidamente é O Paciente Inglês. Mais vezes do que a Música no Coração, o que para alguém da minha geração, é notável. Revi-o ontem ao serão, com o mesmo prazer da primeira vez. Não é tanto o filme, a história, que me atrai, mas as imagens do deserto do Sahara, que, essas sim, tocam bem fundo.
Não há sítio no mundo, dos que conheço e, penso, dos que espero vir a conhecer, que mais me emocione do que o deserto. O espaço, o silêncio, a magia da luz a brincar nas rochas, o ritmo dos sulcos que o vento desenha na areia, o esplendor dos céus de milhares de estrelas a consciência da minha insignificância.
A paixão começou, por acaso, numa noite dormida à beira de uma pista e do deserto, algures em Marrocos. Seguiu-se a Tunísia e a Argélia e a Líbia e o deserto branco do Egipto e novamente a Argélia.
Numa saborosa evocação aqui ficam imagens do filme , os relatos dos "meus" dois últimos desertos: o branco do Egipto e o vermelho da Tadrat argelina e a frase que digo para mim mesma no final de uma viagem no deserto: "I will be back."
Inshalah!