Uma tira vermelha e poeirenta, longa de 660 quilómetros, rasga a paisagem inóspita do Kimberley. Chama-se Gibb River Road mas os locais conhecem-na por Beef Road, por atravessar explorações de gado de dimensões inimagináveis.
À volta quase tudo é desolador: eucaliptos sem fim que se erguem numa terra seca e árida, zonas pedregosas, rios que só na época seca é possível cruzar e, mesmo assim, com cuidado.
Mas basta tomar as pequenas e difíceis pistas que nela convergem para descobrir as jóias que a tornam famosa. E vemos rios de água cristalina que serpenteiam por entre gargantas profundas, rochas de formações singulares, cascatas que nos refrescam do esforço de caminhadas exigentes.
E ficamos em silêncio diante de pinturas aborígenes de milhares de anos, que nos contam um tempo, o dos sonhos, quando não havia homens e os espíritos criaram o mundo.
2 comentários:
Os momentos mais significativos são os que nos reduzem ao silêncio.
Fiquei com vontade de molhar os pezinhos nasquelas águas cristalinas!
São por momentos assim de êxtase que vale a pena conhecer o mundo :-)
E aqui também havia "bichos maus" que evitavam um banhinho?
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