
Comprou um Gipsy Moth a que chamou Ever Wrest e aprendeu a pilotar, embora tivesse precisado do dobro de aulas normal.
Se a preparação para voar foi rudimentar, pior foi o treino para a subida ao Everest. Maurice Wilson não comprou equipamento adequado, não aprendeu técnicas de escalada em gelo nem a utilizar crampões, limitou-se a fazer algumas caminhadas diárias nas colinas de Lake District mas achou suficiente. ("What can possibly go wrong?")
Apesar do Air Ministry o ter proibido de levantar vôo e dos esforços do Governo britânico para o impedir de avançar, chegou à Índia em Junho de 1933, duas semanas depois de ter abandonado o solo inglês, o que, só por si, já foi uma proeza extraordinária.

Mas a inexperiência de Maurice era tanta que se desfez de um par de crampões abandonados, que tanto o teriam ajudado na passagem dos glaciares.
É do mosteiro que parte, sozinho, para a 1ª tentativa e é ao mosteiro que regressa, exausto, cego pela neve, incapaz de progredir devido às dificuldades em atravessar os glaciares e ao mau tempo. Com a ajuda dos carregadores sherpas atinge o Camp III e apesar das tentativas destes para o dissuadir, parte uma vez mais sozinho.
A 31 de Maio de 1934 escreve a última entrada do seu diário: "Off again, gorgeous day!" Pelos vistos não foi... Morreu sozinho de frio ou exaustão.
O seu corpo foi encontrado no ano seguinte pelos membros da expedição liderada por Eric Shipton. Nessa noite os membros do grupo leram em conjunto e em voz alta o seu diário "Não podemos ficar indiferentes à sua extraordinária coragem."
Sem comentários:
Enviar um comentário