Gorée foi o último ponto da nossa viagem, e o mais forte, também. A ilha a escassos quilómetros de Dakar foi outrora um importante centro de comércio de escravos, um processo que envolveu holandeses, portugueses franceses, ingleses além de governantes locais que, fechando os olhos ou promovendo a captura, lucravam com o negócio.
É o conservador Joseph Ndiaye quem nos abre as portas da Casa dos Escravos e traça a história dos milhares, se não milhões, de homens, mulheres e crianças que aguardaram na ilha o embarque para as Américas.
No piso térreo amontoados em celas pestilentas, homens, mulheres e crianças, separado uns dos outros apenas tinham do exterior a visão das escadas que levavam ao 1º andar, onde negreiros e famílias viviam, sabe-se lá como, uma vida normal, apenas interompida nos dias em que os compradores experientes inspeccionavam e esclhiam os escravos trazidos para o pátio. Fechado o negócio a vida na casa regressava à rotina , com os risos das crianças e as festas no andar de cima a contrastar com os choros e gritos de desespero dos encarcerados.
Ao fundo uma porta aberta para o mar, a porta do não-retorno, pela qual passavam os que embarcavam para as Américas. E de nada servia tentar escapar mergulhando no oceano: as águas estavam infestadas de tubarões atraídos pelos cadáveres dos muitos que não sobreviviam à clausura.
Se Gorée é hoje um lugar tranquilo de casas coloridas e atmosfera descontraída, é impossível esquecer os horrores da escravidão e a Casa dos Escravos lá está para manter acesa a nossa memória.
Vale a pena ver a reportagem da TF1 que inclui uma entrevista a Joseph Ndiaye, falecido a 6 de Fevereiro deste ano, mês e meio depois da nossa visita.
É o conservador Joseph Ndiaye quem nos abre as portas da Casa dos Escravos e traça a história dos milhares, se não milhões, de homens, mulheres e crianças que aguardaram na ilha o embarque para as Américas.
No piso térreo amontoados em celas pestilentas, homens, mulheres e crianças, separado uns dos outros apenas tinham do exterior a visão das escadas que levavam ao 1º andar, onde negreiros e famílias viviam, sabe-se lá como, uma vida normal, apenas interompida nos dias em que os compradores experientes inspeccionavam e esclhiam os escravos trazidos para o pátio. Fechado o negócio a vida na casa regressava à rotina , com os risos das crianças e as festas no andar de cima a contrastar com os choros e gritos de desespero dos encarcerados.
Ao fundo uma porta aberta para o mar, a porta do não-retorno, pela qual passavam os que embarcavam para as Américas. E de nada servia tentar escapar mergulhando no oceano: as águas estavam infestadas de tubarões atraídos pelos cadáveres dos muitos que não sobreviviam à clausura.
Se Gorée é hoje um lugar tranquilo de casas coloridas e atmosfera descontraída, é impossível esquecer os horrores da escravidão e a Casa dos Escravos lá está para manter acesa a nossa memória.
Vale a pena ver a reportagem da TF1 que inclui uma entrevista a Joseph Ndiaye, falecido a 6 de Fevereiro deste ano, mês e meio depois da nossa visita.
1 comentário:
Foto com uma boa perspectiva.
Abraço,
CR/de
Enviar um comentário