domingo, maio 31, 2009
sábado, maio 30, 2009
sexta-feira, maio 29, 2009
O Príncipe e o eclipse de Einstein
Um aeroporto em obras que apenas funciona durante 2 dias na semana inviabilizou a minha ida ao Príncipe para onde deveria ter partido esta manhã, exactamente 90 anos depois do eclipse que confirmou a teoria de Einstein. Neste que é Ano Internacional de Astronomia uma equipa internacional de cientistas de vários países está já na ilha para descerrar hoje a placa comemorativa acima. (mais infos aqui e aqui)
terça-feira, maio 26, 2009
Pamukkale - castelo de algodão
Chama-se Pamukkale, que em português se traduz como Castelo de Algodão, e as suas águas ricas em cálcio desenharam a paisagem mais invulgar da Turquia, uma cascata petrificada, de um branco muito branco, onde o carbonato de cálcio criou socalcos, pequenas piscinas de água morna e que percorremos descalços.
sábado, maio 23, 2009
Devant moi...
"Devant moi les murs de Sainte-Sophie se dressent. À cette heure de la nuit, la nef doit être aussi sombre et humide que le ventre humide d'une baleine. Peut-être te caches-tu derrière la colonne Suante ou au fond d'une urne d'albâtre. Mais les portails sont encore clos et il m'est impossible d'entrer. Je ne puis descendre non plus dans les galeries obscures de la Citerne. Tout près de moi somnole la fontaine d'Ahmet III, avec ses murs de marbre blanc, ses mosaiques rutilantes. Je laisse la fontaine et je débouche sur la place de l'Hippodrome. L'obelisque s'y profile, tout droit. J'observe les minarets de la mosquée Bleue."
Nedin Gursel, Ilk Kadin
quarta-feira, maio 20, 2009
Istambul, aliás Constantinopla
"In the morning,when you wake and see a mist over the Golden Horn with the minarets rising out of it slim and clean towards the sun and the Muezzin calling the faithful to prayer in a voice that soars and dips like an aria from a Russian opera, you have the magic of the east."
"Constantinople is noisy, hot, hilly, dirty, and beautiful"
"Constantinople is noisy, hot, hilly, dirty, and beautiful"
Ernest Hemingway
domingo, maio 17, 2009
Derviches (Konya)
Nous avons vu les derviches tourneurs.[...] Ils tournaient sur le pied gauche et conservaient leur élan en passant rapidement le pied droit devant et en l'appuyant sur le sol ciré. La plupart on fait quarante tours à la minute, et un artiste a réalisé une moyenne d'environ soixante tours à la minute, qu'il a maintenue tout au long de vingt-cinq minutes. Leurs robles etaient remplies d'air et se gonflaient autour d eux comme un ballon.
Ils ne faisaient pas le moindre bruit, la tête rejetée en arrière, les yeux fermés, transportés dans une sorte de prière extatique.
[...] C ést l'exhibition la plus barbare que nous avons vue jusqu'ici.
Ils ne faisaient pas le moindre bruit, la tête rejetée en arrière, les yeux fermés, transportés dans une sorte de prière extatique.
[...] C ést l'exhibition la plus barbare que nous avons vue jusqu'ici.
Mark Twain, Voyage des Innocents
domingo, maio 10, 2009
The mad Yorkshireman
Nunca tinha entrado num avião mas não foi isso que o impediu de voar da sua Inglaterra natal até à Índia. Também nunca tinha subido a uma montanha mas, mesmo assim, traçou como objectivo ser o primeiro a atingir o topo do Everest. Sozinho. Coisa pouca. E queria fazê-lo para mostrar ao mundo que as dificuldades da vida se podiam vencer com uma combinação de jejum e de fé. Excêntrico, louco, (mad Yorkshireman) foram alguns dos epípetos que se lhe colaram à pele mas ninguém nega a coragem e determinação de Maurice Wilson.
Comprou um Gipsy Moth a que chamou Ever Wrest e aprendeu a pilotar, embora tivesse precisado do dobro de aulas normal.
Se a preparação para voar foi rudimentar, pior foi o treino para a subida ao Everest. Maurice Wilson não comprou equipamento adequado, não aprendeu técnicas de escalada em gelo nem a utilizar crampões, limitou-se a fazer algumas caminhadas diárias nas colinas de Lake District mas achou suficiente. ("What can possibly go wrong?")
Apesar do Air Ministry o ter proibido de levantar vôo e dos esforços do Governo britânico para o impedir de avançar, chegou à Índia em Junho de 1933, duas semanas depois de ter abandonado o solo inglês, o que, só por si, já foi uma proeza extraordinária.
A autorização de entrar no Tibet foi-lhe recusada mas não o travou: contratou três sherpas e, disfarçados de monges budistas, atravessaram as montanhas de Sikim e Tibet e percorreram os quase 500 km de Darjeeling ao mosteiro de Rongbuk onde chegaram esgotados e onde Maurice pôde aproveitar algum equipamento lá deixado por uma expedição anterior.
Mas a inexperiência de Maurice era tanta que se desfez de um par de crampões abandonados, que tanto o teriam ajudado na passagem dos glaciares.
É do mosteiro que parte, sozinho, para a 1ª tentativa e é ao mosteiro que regressa, exausto, cego pela neve, incapaz de progredir devido às dificuldades em atravessar os glaciares e ao mau tempo. Com a ajuda dos carregadores sherpas atinge o Camp III e apesar das tentativas destes para o dissuadir, parte uma vez mais sozinho.
A 31 de Maio de 1934 escreve a última entrada do seu diário: "Off again, gorgeous day!" Pelos vistos não foi... Morreu sozinho de frio ou exaustão.
O seu corpo foi encontrado no ano seguinte pelos membros da expedição liderada por Eric Shipton. Nessa noite os membros do grupo leram em conjunto e em voz alta o seu diário "Não podemos ficar indiferentes à sua extraordinária coragem."
quinta-feira, maio 07, 2009
Turkish Body Language
Turkish say "yes" (evet) by nodding foward and down. To say "no" (hayir), nod your head up and back, lifting your eyebrows at the same time. Or just raise your eyebrows: that's "no".
By contrast, wagging your head from side to side doesn't mean "no" in Turkish: it means "I don't understand". So if a Turkish person asks you "Are you looking for the bus to Ankara?" and you shake your head, they'll assume you don't understand English and will probably ask you the same question again, this time in German.
By contrast, wagging your head from side to side doesn't mean "no" in Turkish: it means "I don't understand". So if a Turkish person asks you "Are you looking for the bus to Ankara?" and you shake your head, they'll assume you don't understand English and will probably ask you the same question again, this time in German.
If someone - a shopkeeper or restaurant waiter, for instance - wants to show you the stockroom or the kitchen, they'll signal "Come on" by waving a hand downward and towards themselves in a scooping motion. Waggling an upright finger would never occur to them, except perhaps as a vaguely obscene gesture.
Lonely Planet, Turkey
domingo, maio 03, 2009
Para que a terra não esqueça...
Gorée foi o último ponto da nossa viagem, e o mais forte, também. A ilha a escassos quilómetros de Dakar foi outrora um importante centro de comércio de escravos, um processo que envolveu holandeses, portugueses franceses, ingleses além de governantes locais que, fechando os olhos ou promovendo a captura, lucravam com o negócio.
É o conservador Joseph Ndiaye quem nos abre as portas da Casa dos Escravos e traça a história dos milhares, se não milhões, de homens, mulheres e crianças que aguardaram na ilha o embarque para as Américas.
No piso térreo amontoados em celas pestilentas, homens, mulheres e crianças, separado uns dos outros apenas tinham do exterior a visão das escadas que levavam ao 1º andar, onde negreiros e famílias viviam, sabe-se lá como, uma vida normal, apenas interompida nos dias em que os compradores experientes inspeccionavam e esclhiam os escravos trazidos para o pátio. Fechado o negócio a vida na casa regressava à rotina , com os risos das crianças e as festas no andar de cima a contrastar com os choros e gritos de desespero dos encarcerados.
Ao fundo uma porta aberta para o mar, a porta do não-retorno, pela qual passavam os que embarcavam para as Américas. E de nada servia tentar escapar mergulhando no oceano: as águas estavam infestadas de tubarões atraídos pelos cadáveres dos muitos que não sobreviviam à clausura.
Se Gorée é hoje um lugar tranquilo de casas coloridas e atmosfera descontraída, é impossível esquecer os horrores da escravidão e a Casa dos Escravos lá está para manter acesa a nossa memória.
Vale a pena ver a reportagem da TF1 que inclui uma entrevista a Joseph Ndiaye, falecido a 6 de Fevereiro deste ano, mês e meio depois da nossa visita.
É o conservador Joseph Ndiaye quem nos abre as portas da Casa dos Escravos e traça a história dos milhares, se não milhões, de homens, mulheres e crianças que aguardaram na ilha o embarque para as Américas.
No piso térreo amontoados em celas pestilentas, homens, mulheres e crianças, separado uns dos outros apenas tinham do exterior a visão das escadas que levavam ao 1º andar, onde negreiros e famílias viviam, sabe-se lá como, uma vida normal, apenas interompida nos dias em que os compradores experientes inspeccionavam e esclhiam os escravos trazidos para o pátio. Fechado o negócio a vida na casa regressava à rotina , com os risos das crianças e as festas no andar de cima a contrastar com os choros e gritos de desespero dos encarcerados.
Ao fundo uma porta aberta para o mar, a porta do não-retorno, pela qual passavam os que embarcavam para as Américas. E de nada servia tentar escapar mergulhando no oceano: as águas estavam infestadas de tubarões atraídos pelos cadáveres dos muitos que não sobreviviam à clausura.
Se Gorée é hoje um lugar tranquilo de casas coloridas e atmosfera descontraída, é impossível esquecer os horrores da escravidão e a Casa dos Escravos lá está para manter acesa a nossa memória.
Vale a pena ver a reportagem da TF1 que inclui uma entrevista a Joseph Ndiaye, falecido a 6 de Fevereiro deste ano, mês e meio depois da nossa visita.
Subscrever:
Mensagens (Atom)