Depois das crianças chegam as mulheres. São jovens, na sua maioria, e trazem consigo mais crianças. Uma à ilharga ou ao colo, outra pela mão, além dos mais cresciditos que chegaram no pelotão da frente. Conversam, riem, põe-se ao corrente das novidades das aldeias a montante, pedem para transmitir um recado a jusante.
Outras, mais velhas, olham-nos sem uma palavra, um olhar que a dureza da vida encheu de indiferença e desalento.
Aproveitam todos os nossos desperdícios, em que pegam religiosamente como se de peças de porcelana fina se tratassem: uma garrafa de plástico para encher com a água que todos os dias é preciso ir buscar, o frasco de doce, vazio, como a garrafa, precioso para fazer a vez de um copo ou tijela, para guardar sementes.
Aproveitam todos os nossos desperdícios, em que pegam religiosamente como se de peças de porcelana fina se tratassem: uma garrafa de plástico para encher com a água que todos os dias é preciso ir buscar, o frasco de doce, vazio, como a garrafa, precioso para fazer a vez de um copo ou tijela, para guardar sementes.
Partem como chegaram, afastando-se, discretas, conversando umas com as outras até que as suas lambas coloridas desaparecem por entre a vegetação que separa a aldeia da margem.
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