Soweto.
Não, não é uma palavra africana. É o acrónimo de South Western Township. Soweto.
Criado para abrigar os trabalhadores das minas de ouro de Joanesburgo, para lá foram transferidos os habitantes negros que, nos tempos do apartheid, o governo queria ver afastados do centro (branco) da cidade. O Soweto é, hoje, um bairro descomunal de cerca de 3 milhões de habitantes. Tem de tudo. Zonas miseráveis com esgotos a céu aberto, onde uma casa de banho sumária colocada numa guarita é partilhada por uma centena de pessoas. Zonas ricas, ironicamente chamadas Soweto Beverly Hills, onde se estendem as casas e mansões de quem, ao apartheid, deu a volta por cima. Tem oásis de paz e guetos onde poucos se atrevem a entrar. Tem grades nas janelas, nas portas das casas, das barracas e das lojas. Tem marcas do apartheid nos buracos de balas nas paredes da igreja Regina Mundi, nos memoriais aos que cairam a lutar pela igualdade, nos corações de todos. Tem uma música e culturas próprias, fortes.
E tem uma rua única no mundo: Vilakazi Street, a rua onde nas décadas de 40 e 50 moraram dois homens que mais tarde receberiam o prémio Nobel da Paz: Nelson Mandela e Desmond Tutu.
Criado para abrigar os trabalhadores das minas de ouro de Joanesburgo, para lá foram transferidos os habitantes negros que, nos tempos do apartheid, o governo queria ver afastados do centro (branco) da cidade. O Soweto é, hoje, um bairro descomunal de cerca de 3 milhões de habitantes. Tem de tudo. Zonas miseráveis com esgotos a céu aberto, onde uma casa de banho sumária colocada numa guarita é partilhada por uma centena de pessoas. Zonas ricas, ironicamente chamadas Soweto Beverly Hills, onde se estendem as casas e mansões de quem, ao apartheid, deu a volta por cima. Tem oásis de paz e guetos onde poucos se atrevem a entrar. Tem grades nas janelas, nas portas das casas, das barracas e das lojas. Tem marcas do apartheid nos buracos de balas nas paredes da igreja Regina Mundi, nos memoriais aos que cairam a lutar pela igualdade, nos corações de todos. Tem uma música e culturas próprias, fortes.
E tem uma rua única no mundo: Vilakazi Street, a rua onde nas décadas de 40 e 50 moraram dois homens que mais tarde receberiam o prémio Nobel da Paz: Nelson Mandela e Desmond Tutu.
Sem comentários:
Enviar um comentário