quinta-feira, setembro 21, 2006

Como eu atravessei África

Adeus casa, adeus chambre, adeus pantufos, adeus vida tranquila e plácida junto dos meus; aí volvo a correr mundo.
in Como eu atravessei África
Serpa Pinto
1881

Hoje já ninguém vê na África senão um dos vastos quarteirões do mundo, tão próprio à vida como qualquer dos outros conhecidos, tão digno de desvelo como o mais rico dos supracitados, amplo campo de afã commercial, cuja primeira base segura de civilização cumpre ou antes é dever do Europeu explorar, não só no interesse dos seus habitantes, como em proveito do tráfego comum; enfim de esquecido e oculto que foi, tornar-se-á dentro em pouco opulento, cobiçável e assaz visitado, transformando-se num grande centro de consumo para todo o excesso da nossa produção.

in De Angola à Contracosta – descripção de uma viagem atravez do continente africano
H. Capello e R. Ivens – Officiaes da Armada Real Portuguesa
1886



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