Logo a seguir apareces-me pousada sobre o tejo como uma cidade a navegar. [...] Vejo-te em cidade-nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há âncoras, há sereias.
Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando-o de tritões a cavalo de golfinhos.
José Cardoso Pires, in Lisboa, Livro de Bordo
1 comentário:
Simplesmente soberbo. O texto e as fotos
Enviar um comentário