O filme passa nos pontos de água de Etosha e, se o visse na TV, pensava que era uma feliz reunião de momentos invulgarmente ricos em vida selvagem, feito ao longo de meses de espera e paciência.
Qual quê! O corrupio era constante, o charco de água era a passerelle por onde passava tudo o que Etosha tem para mostrar. E é muito.
De dia víamo-los aproximarem-se, amontoarem-se para disputar uns goles de água. Gnus, órixes, impalas, ...
As zebras alinhavam-se, paralelas, talvez para que as riscas confundam ainda mais algum predador que esteja à espreita.
Mais cautelosas são as girafas. De pernas afastadas para manter o equilíbrio enquanto levam a cabeça até ao nível da água, tornam-se vulneráveis a ataques, impossibilitadas de reagir e fugir rapidamente. Só bebem quando o charco está mais desimpedido e há sempre uma que fica a vigiar enquanto as restantes matam a sede.
À noite é a vez dos que pouco têm a perder com as escuridão: os grandes e os carnívoros. Ao contrário do que sucede de dia nunca vimos espécies misturadas. Os elefantes chegam majestosos e em silêncio, sem qualquer barulho que anuncie a sua chegada, recuam estrategicamente para o meio da vegetação para deixar que uma hiena se aproxime a correr, beba um trago e se afaste ainda mais depressa.
Com o palco desimpedido os elefantes regressam e logo partem com barridos que enchem a noite, cedendo a vez ao rinoceronte.
E quando os grandes já estão saciados é a vez das lebres e coelhos invadirem o espaço com correrias e saltos.
Na falta de fotografias das noites de Etosha ficam aqui e aqui dois conjuntos de imagens de dia.
4 comentários:
Por uns momentos fizeste-me viajar...
Como sempre as fotos estão divinais
Des photos magnifiques... Merci !
;-)
Comme venus d'un autre monde tellement ils sont gracieux, majestueux, fragiles, délicats, imprévisibles, paisibles, sereins, précieux. Et pourtant ils sont ici, sur notre planète...
Sempre um prazer zapear por aqui. Q fotos!!!
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