"S'il vous plait ... dessine-moi un mouton!", dizia o vinil que dançava no velho gira-discos.
Estava numa aula de francês e, tanto quanto me lembre, foi a única vez em que "ouvi" o Petit Prince a falar. O autor da história, Antoine de Saint-Exupéry, descobri-o mais tarde, nas páginas de Vol de Nuit, Terres des Hommes, ...
Nasceu em berço de ouro e partilhou com os irmãos uma infância feliz passada nos castelos da família aristocrata. Da mãe bebeu uma educação humanista, recheada de valores que honraria toda a vida: honestidade, respeito pelos outros.
O fascínio pelo ar começou por volta dos 12 anos quando as férias da família o levaram para perto de um aeródromo e lhe permitiram a admiração pelos aviões, longas horas de conversa com os mecânicos e o baptismo de vôo.
Piloto da que viria a ser a Aéropostale e transportou correios e esperanças para o Senegal e, mais tarde, na Argentina. A integração da companhia na recém-nascida Air France deixou-o em terra, altura em que se dedicou ao jornalismo de grande reportagem que o levou ao Vietname e Moscovo. Foi a 2ª GG que o trouxe de novo aos céus.
A 31 de Julho de 1944 descola da Córsega para o que foi o seu último vôo.Durante muitos anos a sua morte esteve envolvida em mistério. Avaria técnica? Suicídio? Abatido pelos alemães? Só em 2004 foram encontrados os restos do seu avião e em 2008 o piloto alemão Horst Ripper, então com 86 anos, confessou ter sido o autor dos disparos que o destruiu.
(Aguarelas de Hugo Pratt)
2 comentários:
Há coincidencias engraçadas... há algum tempo que ando com vontade de reler o Pricipezinho, mas vou adiando. Ontem à noite acabei o livro que andava a ler "Disse-me um adivinho" e fiquei a pensar qual iria ler a seguir...hoje mandas este post...
Acho que um adivinho te quer dizer que está na hora de releres o Principezinho.
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