Caro Senhor, proponho a construção de um canal que estabeleça a ligação entre o oceano Atlântico e o mar Mediterrâneo, para permitir que os nossos barcos de mercadorias não tenham de contornar a península Ibérica evitando, assim, o mau tempo, os canhões espanhóis e os ataques dos piratas que enxameiam o estreito de Gibraltar.
Terá sido, grosso modo, este o teor da carta que, a 15 de Novembro de 1662, Paul Riquet escreveu a Colbert, homem forte do rei Luís XIV. A proposta era arrojada mas aliciante e avançou. Riquet ordena que se desviem rios e ribeiros para encher a barragem de Saint-Férrol onde mais de 6 milhões de metros cúbicos de água vão regular o nível do canal, retendo as cheias do inverno e compensado no tempo quente as perdas devidas à evaporação.
A tarefa é gigantesca e são necessários quase 16 anos para construir as 63 comportas (simples, duplas, ... e até sêxtuplas), 126 pontes, 7 pontes-canal, 55 aquedutos, 6 barragens e 1 túnel que permitiram que os primeiros barcos atravessassem os 241 quilómetros do canal.
O progresso, a construção de vias férreas e de estradas, quase o destruíram. Quando, em 1989, a última barcaça comercial deixou as suas águas, o canal parecia ter o abandono como futuro, mas o turismo fluvial restituiu-lhe a vida.
Hoje são cerca de 10 000 os barcos que cada ano cruzam as suas águas. Em 2011 um deles foi o nosso.
Terá sido, grosso modo, este o teor da carta que, a 15 de Novembro de 1662, Paul Riquet escreveu a Colbert, homem forte do rei Luís XIV. A proposta era arrojada mas aliciante e avançou. Riquet ordena que se desviem rios e ribeiros para encher a barragem de Saint-Férrol onde mais de 6 milhões de metros cúbicos de água vão regular o nível do canal, retendo as cheias do inverno e compensado no tempo quente as perdas devidas à evaporação.
A tarefa é gigantesca e são necessários quase 16 anos para construir as 63 comportas (simples, duplas, ... e até sêxtuplas), 126 pontes, 7 pontes-canal, 55 aquedutos, 6 barragens e 1 túnel que permitiram que os primeiros barcos atravessassem os 241 quilómetros do canal.
O progresso, a construção de vias férreas e de estradas, quase o destruíram. Quando, em 1989, a última barcaça comercial deixou as suas águas, o canal parecia ter o abandono como futuro, mas o turismo fluvial restituiu-lhe a vida.
Hoje são cerca de 10 000 os barcos que cada ano cruzam as suas águas. Em 2011 um deles foi o nosso.
2 comentários:
Sem duvida uma obras de engenharia notavel.
Ideia inteligente que esse senhor teve!...há por ai uns franceses espertos ;-)
Des photos superbes...
On veut admirer et admirer encore !
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