Diz a lenda que as hostes de Carlos Magno cercaram a cidade ocupada por mouros comandados pela princesa Carcas. Um cerco longo, muito longo, mas os sitiados lá iam conseguindo produzir alimento suficiente e resistiram cinco anos. No 6º a situação começou a complicar-se e, a certa altura, nada mais havia para comer do que um leitão e um saco de trigo.
Em desespero de causa Carcas empanturra o porquito com todo o trigo que conseguiu e atira-o do alto das muralhas. Esborrachado no solo, o ventre rebentado exibe a fartura de grãos, fazendo crer aos soldados de Carlos Magno que a comida não faltava aos sarracenos.
O estratagema resultou e as hostes gaulesas levantaram o cerco.
Ao vê-los partir, radiante de alegria, a princesa manda tocar todos os sinos, para anunciar a boa nova. E é então que um dos vassalos de Carlos Magno terá gritado a frase que deu o nome à cidade:
“Sire, Carcas sonne!”