quinta-feira, março 13, 2008

Ernest

À equipa tuaregue que nos acompanhava juntava-se um elemento "extra": Ernest. De aspecto muito mais modesto que os companheiros, estava ali para os ajudar, se bem que não recebesse qualquer remuneração.
Incansável, tão depressa o víamos a ajudar na cozinha como a procurar e cortar lenha para a fogueira da noite, a carregar e descarregar o material, a lavar a louça...
Mas era no contacto connosco que Ernest se revelava, realmente, único. Discreto, tímido até, sempre atento às nossas vontades, e, como se isso não bastasse, não raras foram as noites em que, apesar do cansaço, se sentava à volta da fogueira e animava o ambiente com músicas tiradas da espécie de guitarra que o acompanhava.

E no momento das despedidas deixou-nos sem fala surpreendendo-nos com uma prenda a cada um de nós: cestos, caixas forradas a papel e por si pintadas.
Ernest de DJanet ficará para sempre na nossa memória.

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