A vida sob o céu, no centro de uma paisagem de horizontes quase sempre circulares, tendo como "tecto" uma cúpula hemisférica completa onde irão inscrever-se, durante o dia, o curso do sol, durante a noite a lenta deslocação das constelações: mesmo sem relógio, o viajante saberá sempre as horas e sentir-se-á, tanto de dia como de noite, situado no centro do relógio astronómico, o único a regular a sua existência quotidiana.
Pois aqui vive-se ao próprio ritmo do cosmos; noutro sítio faz-se batota, aqui obedece-se, tal como os outros animais; o dia é o dia, a noite é a noite, e o homem, animal diurno, levanta-se ao alvorecr e adormece na obscuridade regressada.
Théodore Monod
in A Esmeralda dos Garamantes
La vie sous le ciel, au centre d'un paysage aux horizons le plus souvent circulaires, avec pour "toit" une coupole hémispherique complète où vont s inscrire, le jour, la course du soleil, la nuit le lent cheminement des constellations: même sans montre, le voyageur saura toujours l' heure et se sentira, de jour comme de nuit, placé au centre même de l horloge astronomique qui va seule ordonner son existence quotidienne.
Car on vit ici au rythme même du Cosmos; allieurs on triche, ici on obéit, comme les autres bêtes: le jour est le jour, la nuit est la nuit, et l homme, animal diurne, se lève avec les premières blancheurs de l aube et s' endormira dans l' obscurité revenue.
Théodore Monod
in L' Émeraude des Garamanthes
in L' Émeraude des Garamanthes