O rally Paris-Dakar deu-o a conhecer ao mundo fazendo dele o ponto de chegada da última etapa. A escassos quilómetros de Dakar e separado do Atlântico por um estreito cordão dunar, o Lago Rosa, ou Retba, deve a côr e o nome à presença de micro-organismos e à elevada concentração de minerais e ocupa uns modestos 3 quilómetros quadrados, bem longe dos 32 de outros tempos.
Outros tempos também aqueles em que o rally trazia carros, equipas e turistas, em que os hotéis se enchiam de hóspedes e as margens do lago de vida.
É por volta do meio-dia dos meses de inverno que o ângulo de incidência do sol sobre as águas faz sobressair o tom rosa e o lago parece saído do pincel de um pintor surrealista.
A concentração de sal, 380g/l, é mais de 10 vezes a das águas do Atlântico, ali mesmo ao lado, o que permite que nele se flutue como no Mar Morto.
Peixes não há e os únicos sinais de vida são dados pela meia dúzia de homens que, com água pelo meio do tronco, se entregam à dura tarefa de quebrar a crosta de sal depositada no fundo e encher barcaças. Fazem-no ao longo do dia, sete horas por dia, seis dias por semana. Mergulhados nas águas que o sal torna corrosivas e apesar de untados com manteiga de "karité", as queimaduras provocadas pelo sol e pelo sal são inevitáveis e a inalação de vapores provoca danos irreversíveis no cérebro.
Trazido o sal para terra é a vez das mulheres inspeccionarem a carga para desfazer os maiores pedaços. Amontoado junto à margem ali fica até que a acção do sol o torne mais branco. O mais fino é ionizado e vendido para fábricas de conservas e para a mesa, o mais grosso exportado e espalhado pelas ruas das cidades da Europa que o inverno encheu de neve.
Outros tempos também aqueles em que o rally trazia carros, equipas e turistas, em que os hotéis se enchiam de hóspedes e as margens do lago de vida.
É por volta do meio-dia dos meses de inverno que o ângulo de incidência do sol sobre as águas faz sobressair o tom rosa e o lago parece saído do pincel de um pintor surrealista.
A concentração de sal, 380g/l, é mais de 10 vezes a das águas do Atlântico, ali mesmo ao lado, o que permite que nele se flutue como no Mar Morto.
Peixes não há e os únicos sinais de vida são dados pela meia dúzia de homens que, com água pelo meio do tronco, se entregam à dura tarefa de quebrar a crosta de sal depositada no fundo e encher barcaças. Fazem-no ao longo do dia, sete horas por dia, seis dias por semana. Mergulhados nas águas que o sal torna corrosivas e apesar de untados com manteiga de "karité", as queimaduras provocadas pelo sol e pelo sal são inevitáveis e a inalação de vapores provoca danos irreversíveis no cérebro.
Trazido o sal para terra é a vez das mulheres inspeccionarem a carga para desfazer os maiores pedaços. Amontoado junto à margem ali fica até que a acção do sol o torne mais branco. O mais fino é ionizado e vendido para fábricas de conservas e para a mesa, o mais grosso exportado e espalhado pelas ruas das cidades da Europa que o inverno encheu de neve.
2 comentários:
Welcome back!!
Obrigado Amigo, não existe quase informação sobre o Lago Rosa.
Abraços
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