Dez anos, profissão cameleiro, olhos negros num rosto moreno e sóbrio.
A pé, como os homens grandes, como os turistas que somos, segue os camelos pousando os pés descalços nas areias quentes do Deserto branco. Todo o dia, todos os dias. Tímido, incansável nos seus cuidados com os animais. À noite, enroscado junto à fogueira, escuta atento e em silêncio as conversas que não percebe. Só um dia lhe ouvimos a voz: quando o escutámos a cantar, nós no alto de uma duna, ele, pequeno, minúsculo, na base, a embalar os seus camelos.
Abdul, menino-pastor, menino-guia, menino-homem.
A pé, como os homens grandes, como os turistas que somos, segue os camelos pousando os pés descalços nas areias quentes do Deserto branco. Todo o dia, todos os dias. Tímido, incansável nos seus cuidados com os animais. À noite, enroscado junto à fogueira, escuta atento e em silêncio as conversas que não percebe. Só um dia lhe ouvimos a voz: quando o escutámos a cantar, nós no alto de uma duna, ele, pequeno, minúsculo, na base, a embalar os seus camelos.
Abdul, menino-pastor, menino-guia, menino-homem.