Mesmo que se visite muitas vezes uma cidade há sempre coisas a descobrir e Paris tem 2 ou 3 pontos há muito na lista mas que, por esta ou aquela razão têm ficado "para a próxima". Desta vez consegui retirar um deles do rol.
Um dia frio e cinzento de outono - roupagem adequada para visitar os que "já lá estão" - e aqui vamos nós à descoberta do cemitério
Père Lachaise. Um panfleto com a indicação de algumas das muitas celebridades que por aqui descansam e, guardando o decoro que o cenário exige, entrámos no jogo de descobrir nomes conhecidos, estátuas, pormenores interessantes.
Piaf, Sarah Bernhardt, Proust, Chabrol, Fourrier, Chopin, Balzac, o Haussman do boulevard, Yves Montant e Simone Signoret, Gay-Lussac, ... todo um friso de nomes sonantes das artes, da ciência, da política...
Dois túmulos sobressaem: o de Óscar Wilde, que teve de ser protegido com acrílico para impedir que os fãs mais ardentes continuassem a deixar marcas de baton, e o de Jim Morrison, dos Doors. Na impossibilidade de se chegarem junto à campa, cercada com grades, há quem não hesite em deixar os cadeados da praxe mas também bilhetes de metro, cigarros e pastilhas elásticas mastigadas. Muitas, muitas mesmo. Vá se lá saber porquê.
E a pergunta que fizemos ("porque é que JM está enterrado aqui?") só teve resposta em casa, com a ajuda do erudito sr Google.
(aqui)
Mas o aspeto mais curioso talvez tenha sido a descoberta de um morto-vivo, o arqueólogo Vivant Denon. Há zombies no Père Lachaise!
(Para uma visita virtual e procura de campas siga o
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