terça-feira, novembro 28, 2006

3-2-1! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah..... (Bungee Jumping nas Cataratas Vitória)


Não é uma ponte qualquer a que, a poucos metros das cataratas Vitória, une o Zimbabwe e a Zâmbia. A ideia deve-se a Sir Cecil Rhodes que queria que os passageiros dos comboios que aí passassem recebessem na cara as águas das cataratas.

Build the bridge across the Zambezi where the trains as they pass will catch the spray from the falls.

E foi precisamente na ``no man's land'', num vagão parado sobre a ponte, que decorreram as negociações da independência da Rodésia que dariam origem aos actuais Zimbabwe e Zâmbia. Se nos nossos dias perdeu a importância estratégica ganhou fama entre os muitos turistas que visitam as cataratas.
Do alto da ponte, com as quedas de água ao fundo, num vôo de 111 metros de adrenalina pura, os mais corajosos testam os limites da mente e do medo lançando-se no vazio sobre os rápidos do Zambeze.
Escusado será dizer que a tanto não me aventurei e que me limitei a assistir às performances dos bravos saltadores que, depois do feito são içados de volta à ponte à força de braços humanos.

E, não tendo recordações de um salto particular para mostrar, fica aqui o filme de um salto encontrado ao acaso no Youtube.

domingo, novembro 05, 2006

Zimbabwe - Cataratas Vitória




Apesar de tidas como uma das 7 maravilhas naturais do mundo, património mundial da Unesco, foi com alguma suspeição que cheguei às cataratas Vitória. Anunciada como a ``capital da adrenalina de África'', a cidade de Victoria Falls, junto às cataratas, não augurava nada de bom. As páginas dos guias de viagem são pródigas em prometer inesquecíveis vôos de helicóptero ou ultraleve, bungee jumping, rafting e jetboat nos rápidos do Zambeze, safaris de elefante e passeios com leões, cruzeiros a montante das quedas ... tudo para ocupar e entreter os visitantes.
Esperava, assim, encontrar algo parecido com as cataratas de Niagara: quedas de água lindíssimas mas rodeadas de néons, comércio desenfreado, casas de fast food, lojas de recordações kitsch, americanos gordos e barulhentos, bandos de japoneses a metralhar incessantemente as cataratas com a fúria de paparazzi.
Enganei-me, felizmente. A cidade, não é, de modo algum, uma típica cidade africana, nem permite que se tenha um vislumbre do que é o Zimbabwe, mas , apesar das muitas agências que comercializam as actividades e de um comércio dirigido a nós, turistas, é uma cidade tranquila.
E as cataratas Vitória, a escassos um ou dois quilómetros da cidade, magnificamente enquadradas no parque natural que leva o seu nome, são um oásis de paz, de comunhão com a natureza. Durante algumas horas passeámos por uma floresta tropical, por entre carreiros cuidados, vimos as quedas de perto e de vários ângulos, cumprimentámos a estátua de Livinsgstone, bebemos água dos salpicos que nos deixaram ensopadas.
E, diga-se em abono da verdade, pela beleza das cataratas e pelas impressionantes características geológicas, o título de maravilha do mundo natural é mais do que merecido.