sexta-feira, agosto 29, 2008

Regresso ao velho mundo

E a viagem chega ao fim. Resta um vôo até Caracas, na Venezuela, e uma longa espera da ligação a Paris, onde aterro no dia 30 para seguir a 31 para Lisboa. Dia 1, esse, marca o regresso ao trabalho. As actualizações do blogue, os relatos dos dias no Equador vão ter de esperar um bocadinho.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Quito, outra vez

Regresso a Quito por uma estrada de montanha, com curvas e contracurvas que em 50 kms nos leva da floresta verde aos 4200 metros de onde se pode ver de um lado a Amazónia e do outro o vulcão Antisana.

terça-feira, agosto 26, 2008

Amazónia 1

Primeiro dos dois dias dedicados à Amazónia. Piroga, observação da fauna e flora, descoberta das comunidades indígenas, banho no rio (com piranhas e crocodilos???)

segunda-feira, agosto 25, 2008

domingo, agosto 24, 2008

sábado, agosto 23, 2008

Mais longe que o Everest...

Com os seus 6384 metros o vulcão Chimborazo não se contenta em ser o ponto mais alto do Equador, é também, devido à forma "achatada" da Terra, o ponto do planeta mais distante do centro.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Cuenca 2

Uma das muitas atracções de Cuenca é ser a "capital do panamá" , chapéus que, ao contrário do que o nome indica, são originários do Equador.

quarta-feira, agosto 20, 2008

Cuenca

Regresso às alturas, uma passagem a 4000 metros e nova descida, desta vez para Cuenca, Património Cultural da Humanidade.

terça-feira, agosto 19, 2008

segunda-feira, agosto 18, 2008

Isla de la Plata

Chamam-lhe Galápagos dos pobres por ter uma pequena amostra da fauna do arquilpélago. Mas o prato forte é a esperança de ver baleias que nesta altura do ano são visita frequente.

domingo, agosto 17, 2008

sábado, agosto 16, 2008

O oeste

Das alturas e do frio do Quilotoa às planícies do oeste onde o clima tropical permite a plantação de ananases.

sexta-feira, agosto 15, 2008

Avenida dos Vulcões

Mais um vulcão da chamada Avenida dos Vulcões, o Quilotoa, e uma caminhada a 4000 metros em torno da cratera e do lago.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Parque Nacional do Cotopaxi

Partida vespertina de Quito para uma olhadela ao mercado de Saquisili e um curto trek a 4600 metros (ai, ai, ai) nas faldas do vulcão Cotopaxi.

quarta-feira, agosto 13, 2008

terça-feira, agosto 12, 2008

Da lagoa de Quicocha a Quito

Mais uma caminhada, desta vez junto ao vulcão Imbaburra, passagem por comunidades locais e chegada a Quito no final do dia. Pelo meio, mais uma passagem pela linha do Equador.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Lagoa Cuicocha

Programa das festas: um dia inteiro de marcha em redor da lagoa Cuicocha a 3100 metros, junto ao vulcão Cotacachi. Assim o pé mo permita...

domingo, agosto 10, 2008

Mercados e vulcões


Primeira passagem da linha do Equador, as cores do mercado de Otavalo, o mais importante do Equador e a noite num albergue à sombra do vulcão Cotacachi, o primeiro da "Avenida dos Vulcões".

sábado, agosto 09, 2008

Latitude 00º 00' 00''


Partida para o Equador onde estarei até ao final do mês. Do programa, desenhado no mapa, constam mercados coloridos e praias, florestas e vulcões, comunidades índias e lagoas, ruínas incas e, com sorte, baleias. Os próximos posts, que as maravilhas da informática permitiram que se tornem visíveis sem que eu intervenha, vão dar a conhecer os sítios por onde vou andar.

sexta-feira, agosto 08, 2008

Guerreiros de Xi'an, ... em Paris

Foi Qin quem deu o nome à China. As no's, turistas em Paris, deu-nos uma pequena amostra do exército do seu tumulo, um nano-exército, aliàs. Em Xi'an, todos os guerreiros estao virados a leste, na direcçao dos principados e reinos destruidos pelo rei Zheng, futuro primeiro imperador. Estao a postos para a batalha. Os fatos, os penteados, as armas, permitem distinguir os postos: oficiais superiores, oficiais, sub-oficiais, soldados de infantaria, condutores de carros, archeiros, cavaleiros.

A exposiçao de Paris, além de duas dezenas de guerreiros, tem também um carro de guerra com quatro cavalos de bronze. Uma copia pois o original é demasiado fragil para ser deslocado.

Em Xi'an as escavaçoes, que ja desvendaram cerca de 8000 guerreiros, continuam. Quem sabe o que ha ainda a descobrir...

quinta-feira, agosto 07, 2008

Paris - os soldados de Xi'an

A hora a que este post vê a luz do dia no Mochila às Costas é também a da minha entrada na Pinacothèque de Paris para ver 20 dos Soldados de terracota.

Sem a grandiosidade e a magnificência de Xi'an é um aperitivo para um dia, talvez...

terça-feira, agosto 05, 2008

Vou-me embora, vou partir ....

Vou-me embora, vou partir mas tenho esperança de correr o mundo inteiro...
O mundo inteiro não será, mas apenas o Equador e só depois de uma curta passagem por Paris. O blogue não vai ficar parado mas em auto-gestão e os posts com o itinerário vão aparecer aqui ao ritmo de um por dia.

Tana tem mais encanto...

No final dos Jeux des Iles de l'Océan Indien, que decorreram na capital de Madagáscar, não deixa de ser curioso observar que as disciplinas onde o país ganhou mais medalhas são as de luta. Nas cidades, principalmente em Tana, a pobreza e o aumento dos sem abrigo levaram a um inevitável aumento dos roubos e as artes marciais são o meio que muitos malgaxes encontram para fazer frente ao problema.

Mas Tana está , e graças aos Jogos, muito mais segura que em 2003. Há mais policiamento, as ruas estão mais limpas, anda-se mais à vontade. Os jogos devolveram aos habitantes o orgulho de ser malgaxes e a alegria transparece, um pouco como em Portugal na Expo 98 e no Euro 2004.

E na nossa última noite em solo malgaxe a cidade despede-se de nós com um soberbo fim de tarde e um magnífico espectáculo de fogo-de-artifício sobre o lago Anosy que encerra os Jogos e também a nossa viagem.

Os 4Mi de Antananarivo


... On aperçoit la silhouette du Rova, résidence royale au XIX siècle, hélas brûlée en 1995. À ses pieds la ville basse où, en place des marais comblés au fil des siècles, s'étendent désormais les quartiers populaires depuis Analakely, au coeur de la ville, jusqu'aux faubourgs qui se mêlent aux rizières. Ce sont les quartiers des hotely (gargotes), des marchés, et surtout des "4Mi", ces gamins des rues qui vivent fatalement de la mendicité aux fenêtres des 4L et des 2CV recyclés en taxis.

4 Mi, comme "miloka" (parier), "mifoka" (se droguer), "misotro" (boire) et "mijanga (se prostituer). Pour ces gosses des rues , la vie n'est pas facile...

Claire Marca
in, Grands Reportages, 305

Close encounters

Depois de um passeio agradável pela reserva do Vakôna Forest Lodge, uma ilha privada onde os lémures, habituados à presença humana e atraídos por pedaços de banana se passearam às nossas costas e mordiscam as nossas orelhas, restava o Parque Nacional de Andasibe-Mantadia / Périnet, mais conhecido por reserva do Indri (ou Babakoto, para os malgaxes).





O motivo principal das muitas pessoas, malgaxes e vazahas, que procuram a reserva é a presença de numerosos grupos de indri-indri que de manhã cedo e para marcar território, fazem ouvir os seus cantos por toda a floresta.

Como se pode ouvir no post anterior é um grito poderoso, forte, que chega a 3 kms de distância e não dura mais de 3 a 5 minutos. A menos que...

A menos que se esteja em maré de sorte e, em vez de um grupo de indris se encontrem dois que, nas árvores sobre as nossas cabeças se degladiavam num combate verbal intenso que durou quase meia hora, um espectáculo emocionante e inesquecível.


A lenda do Babakoto (Indri)
Um homem chamado Koto e o seu filho pequeno sairam da aldeia para apanhar mel na floresta e não regressaram. Quando os aldeões foram à sua procura não os encontraram mas viram dois indris a descer de uma árvore e logo perceberam que eram o Koto e o seu filho que se tinham transformado em lémures. Daí o nome Babakoto (pai Koto).

Felizmente para o indri esta ascendência humana faz com que seja fady matá-lo ou comê-lo.

segunda-feira, agosto 04, 2008

Ankanin'ny Nofy - Ninho de sonho ou de lémures?

De canoa, com vento e corrente fortes e desfavoráveis, mas lá chegámos a Ankanin'ny Nofy (Ninho de Sonho), uma pequena ilha no lago de Ampitabe que é uma reserva natural onde residem sete variedades de lémures.
Junto à entrada, dois lémures, habituados à presença humana e ao bónus de pedaços de banana, aproximam-se e, descarados, saltam para os nossos ombros, passeiam-se sobre as nossas cabeças. Fazem-no com gentileza, com suavidade, mesmo quando se atiram do alto de uma árvore directamente para nós.
Deixámos os lémures meio domesticados e embrenhámo-nos na floresta em busca dos outros. Bruno, o guia da reserva, imita os cantos das várias espécies, para os atrair. E consegue. À nossa volta e a escassos centímetros estão vários exemplares de fulvus, makis e sifakas.


Mas o melhor ainda estava para vir. Um grupo de 4 indris, o maior e mais raro lémur, aparece também. Deixam-se fotografar, deixam que lhes toquemos e, sem pré-aviso, brindam-nos com um coral estereofónico que nos deixou especadas pela intensidade e força. Inesquecível!





Não tendo conseguido fazer o upload do ficheiro (mp3) da parte mais intensa do canto fica aqui uma pequena amostra:


Canal des Pangalanes

Regressamos a Tana para partirmos logo de seguida para leste, não sem antes fazermos uma curta paragem numa quinta de camaleões e crocodilos.

No início do século XX os lagos, pântanos, rios e lagoas da costa leste foram ligados formando o Canal des Pangalanes, uma via que se estende por 700 kms junto ao Índico. O nosso barco desloca-se lentamente, cruzamos pirogas, aldeias cuja existência só adivinhamos pelas mulheres que lavam a roupa ou as crianças a brincar na água.

Estabelecemos a nossa base nas margens calmas do Lago Ampitabe. Do outro lado, separado do lago por uma estreita faixa de areia repleta de árvores, o Índico mostra a sua força ajudado pelos alísios que à tardinha sopram forte . Não há muita gente a visitar esta zona, afastada dos principais roteiros turísticos e, sem surpresas, somos as únicas duas vazahas neste cantinho onde o tempo parece ter parado.

Nosy Tanikely

Não são as plantações ou a vista do monte Passot que trazem turistas a Nosy Be mas o clima tropical e um grupo de ilhas tranquilas, banhadas por um mar de águas quentes. Nosy Tanikely, habitada apenas pelo faroleiro e por alguns lémures, tem o estatuto de reserva a conceder-lhe a protecção e preservação que a maior parte das ilhas vizinhas não tem.

Areia branca, água transparente e morna, um verdadeiro aquário repleto de corais, anémonas, ouriços, holotúrias e muitos, muitos peixes. Com meio metro de água e já nadamos no meio de um cardume de peixes azuis, amarelos, vermelhos, às pintas, às riscas. Peixes papagaio, anjos, palhaços, napoleões, tartarugas que se deixam acompanhar durante longos minutos...

domingo, agosto 03, 2008

Nosy Be

Nosy Be, a maior ilha no noroeste, pode ser o local do país com maior concentração de vazahas (brancos) mas não deixa de ser Madagáscar. Telefones há ... só que nem sempre funcionam; a internet, nos alojamento que a têm, reduz-se a um jurássico modem de 56k com pouca vontade de colaborar. Mas a electricidade não falha mais do que umas horas por dia, o alcatrão cobre, mesmo que nem sempre na totalidade, a maior parte das estradas. Como nesta que nos leva para o interior da ilha. De um lado e do outro estendem-se campos de árvores que a mão do homem talhou para que crescessem retorcidas, com pouco mais de 1,5 m de altura de modo a facilitar a colheita das flores de ylang-ylang. Um odor doce e intenso acompanha-nos até à chegada à destilaria onde mãos experientes transformam as pétalas delicadas na essência que faz de Madagáscar o principal mercado das indústrias de cosméticos e perfumes.

São também plantações, mas de cana de açúcar, as que encontramos no caminho para o ponto culminante da ilha, o monte Passot que, do alto dos seus modestos 329 m, permite uma vista agradável sobre crateras e lagos. São sagrados os lagos, habitados por espíritos de príncipes da etnia Sakalava, e junto a eles é fady (interdito) comer carne de porco, fumar, usar calças ou chapéus. Sorte a nossa não é fady fotografar lémures nem brindar ao pôr-do-sol sobre o mar.

sábado, agosto 02, 2008

Uma varanda sobre o Índico

Plantações de cacau, baunilha, café, algodão e do perfumado ylang-ylang acompanham-nos no caminho de Ankarana a Ankify, na costa. Algumas experiências gastronómicas, como o fruto da palmeira de onde se faz a ráfia, uma espécie de granada colorida de casca escamosa como o ananás - mas de tal modo dura que só foi possível parti-la com pancadas de chave inglesa - e lá dentro uma carne fibrosa sem grande sabor. Mais curiosa, a "maçã dos macacos" uma esfera quase perfeita cujo interior é uma papa de sabor que lembra vagamente um tomate maduro.
Mas a estrela da companhia foi "jacquot" (jaca?), um fruto grande como uma melancia de polpa perfumada e saborosa.

Ankify era um ponto anónimo, uma pausa antes barco para Nosy Be. Bungalows simpáticos encaixados num jardim tropical e perfumado à beira de uma praia que tínhamos só para nós, um restaurante magnífico, anichado sobre uns rochedos e debruçado sobre o mar. Uma posta de um peixe pescado expressamente para nós, o sol a deixar-se cair lentamente sobre as águas do Índico, um fim de tarde inesquecível...


Ou terá sido das caipirinhas?